PSD acusa PS de querer esconder história e ex-líderes mais recentes

| Política
Porto Canal / Agências

Vila Real, 16 set (Lusa) - O PSD acusou hoje o PS de querer esconder os últimos anos da sua história de "política ruinosa para o país" ao ponto de nem convidar "os seus ex-líderes mais recentes" para a campanha eleitoral autárquica.

Durante uma ação de campanha em Vila Real, o porta-voz do PSD, Marco António Costa, sustentou que "a 'troika' não tem nada a ver com o Governo, a 'troika' tem a ver com o PS" e "teria de ser no Largo do Rato que instalaria a sua sede" em Portugal.

Depois de repetir várias vezes que o PS conduziu o país "à pré-falência" e "trouxe a 'troika' para Portugal", sem referir o nome do anterior primeiro-ministro socialista, José Sócrates, o porta-voz do PSD acrescentou: "Eu sei que ao PS interessa ocultar a história, eu sei que ao PS interessa fazer o revisionismo histórico. Até chegam à circunstância de não convidar os seus mais recentes ex-líderes para se associarem à campanha eleitoral".

"Querem esconder estes momentos mais recentes da sua história. Nós não somos assim, nós temos os nossos ex-líderes na campanha eleitoral, porque nós temos orgulho do trabalho de todos", prosseguiu Marco António Costa.

Nesta intervenção, o dirigente social-democrata voltou a descrever a atitude da atual liderança socialista como irresponsável, agressiva e de aposta na desinformação e alegou que o PS "está a ver se consegue manter a 'troika' mais uns anos em Portugal", enquanto o executivo PSD/CDS-PP "está a tratar de mandar a 'troika' embora".

Marco António Costa reiterou também a ideia de que, para o PS, "parece que com o aproximar do dia 29 se aproxima um terramoto político", e contrapôs que para o PSD essa "não é uma data do tudo ou nada, é mais uma data importante e relevante", porque se realizam eleições com "importância pelos projetos" apresentados em cada autarquia.

"O PSD tem feito apelos permanentes a que se evite o excesso de linguagem e que, acima de tudo, se garanta que a partir do próximo dia 29 estejam garantidas as condições mínimas indispensáveis de cordialidade política para que possamos todos em conjunto continuar a trabalhar para Portugal", reclamou, antes de salvaguardar que os sociais-democratas não podem, contudo, "deixar passar em claro algumas afirmações" como as que associam o atual Governo à 'troika'.

Marco António Costa, que tinha falado em "cumplicidades" e "códigos de silêncio" no interior do PS durante a anterior governação socialista, afirmou que "não haverá código de silêncio que encubra as verdades históricas, que não haverá cumplicidades que calem o PSD".

IEL // SMA

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