Metalomecânica Arestalfer ganhou este ano obras de 12 ME em França

| Economia
Porto Canal com Lusa

Porto, 12 nov (Lusa) -- A Arestalfer, de Sever do Vouga, ganhou este ano 15 obras no valor de 12 milhões de euros em França, mercado para onde já exporta atualmente 80% da produção, anunciou hoje a empresa de estruturas metálicas.

Em comunicado, a empresa -- recomprada há quatro anos pelo fundador, Manuel Martins, à Martifer - diz ter apostado deste então no mercado francês, que atualmente já é o seu principal cliente com obras no valor total de 22 milhões de euros.

Desde há um ano com uma sucursal em França - a Arestalfer France -- a empresa portuguesa tem como principais clientes naquele país multinacionais como a Fayat (responsável por 51% das encomendas), Vinci (20%) e Bouygues (23%), destacando-se entre as suas obras mais emblemáticas o Estádio de Bordéus para o Euro 2016 (para o qual forneceu todas as serralharias e 1100 toneladas de estrutura metálica), o centro de investigação da Michelin, em Clermont-Ferrand, e o Hospital Urm, em Tolouse.

A maioria das encomendas dizem, contudo, respeito a edifícios de habitação e escritórios nas regiões de Paris e Bordéus.

"No centro da Europa, em especial em França, as novas tendências da arquitetura integram cada vez mais elementos metálicos nos edifícios, não só ao nível das estruturas, mas também dos revestimentos", afirma Manuel Martins, presidente da Arestalfer, citado no comunicado. "Ora, nós somos conhecidos em França por executarmos serralharias com muita qualidade, com grande introdução de tecnologia", refere.

Segundo a empresa, uma das obras que atualmente tem em fase inicial de montagem é a mais recente estação de comboios de Bordéus -- a Gare de Belcier -- cuja empreitada consiste no projeto, fabrico e montagem de todas as escadas metálicas, guarda corpos com guarda rodas e estrutura dos elevadores assim como várias vedações em malha em aço inox.

Fundada em 1982 como uma pequena serralharia, em 1996 a Arestalfer viu 33,3% do seu capital ser comprado pela Martifer, para o qual trabalhava há vários anos, tendo a partir de então acompanhado aquele grupo em grande parte das empreitadas que este realizou na Expo 98, nos estádios do Euro 2004, no terminal de granéis sólidos do Porto de Aveiro e em centros comerciais como o Dolce Vita de Coimbra ou os Fórum do Funchal, do Barreiro ou de Viseu.

Em 2005 a Martifer já detinha 75% da empresa, que adotou a designação Martifer II Inox e tinha na sua carteira de encomendas obras como as passagens superiores da Linha do Norte, as obras de ampliação do Aeroporto de Lisboa ou a nova gare do Aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto, a maior obra que já realizaram até hoje.

Em 2011 o fundador Manuel Martins recomprou os 75% do capital da empresa à Martifer e a Arestalfer apostou na expansão para o exterior, começando por Angola e Marrocos, mas acabou por encontrar em França o mercado "para o qual está mais vocacionada".

Em Portugal, a empresa emprega cerca de 110 trabalhadores na sua fábrica de 8.000 metros quadrados no concelho de Sever do Vouga, a que, em determinados momentos, se juntam outros tantos a trabalhar no estrangeiro, sobretudo em França.

PD // MSP

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