Ryanair "está a trabalhar" para resolver questões sobre plano de expansão para Faro
Porto Canal / Agências
Lisboa, 16 set (Lusa) - A Ryanair "está a trabalhar" para resolver a situação criada com o Turismo de Portugal sobre um plano de expansão da companhia para o aeroporto de Faro, disse hoje o vice-presidente executivo da transportadora.
"Estamos a trabalhar para resolver o problema", afirmou Michael Cawley, em Lisboa, durante a conferência de imprensa em que anunciou que a companhia vai começar a operar no aeroporto de Lisboa.
Em julho, a companhia aérea acusou o Turismo de Portugal de rejeitar um plano de expansão para o aeroporto de Faro que teria o objetivo de aumentar o tráfego de inverno em 35%, tendo o Turismo de Portugal declarado que não impediu a Ryanair de aumentar a operação no aeroporto, explicando que não aceitou pagar à companhia os valores exigidos por considerar que "não eram proporcionais".
O Turismo de Portugal garantiu, na altura, que não rejeitou um plano de expansão para o aeroporto de Faro, "matéria para a qual não teria sequer competência", acrescentando que rejeitou pagar os valores que a empresa pediu para reforçar a operação no Algarve, uma vez que "os valores pedidos pela Ryanair não eram proporcionais".
Hoje, o vice-presidente executivo da companhia aérea de baixo custo ('low cost') disse que Ryanair vai "continuar" a trabalhar para resolver a situação, mas não adiantou mais detalhes sobre o tema.
O responsável defendeu que o Algarve "depende do sucesso do aeroporto de Faro" e que o grande desafio deste destino é ser um "destino para todo o ano e não apenas para o verão".
"Acreditamos em trabalhar muito perto com o turismo. Não podemos fazer crescer o turismo, sem voos", sustentou Michael Cawley, que afirmou ainda acreditar que a companhia aérea vai ser "bem-sucedida".
Segundo a companhia irlandesa, o plano de expansão contemplava a abertura de três rotas de inverno para Colónia, Dortmund e Memmingen, na Alemanha, um aumento dos voos semanais em 35% e um crescimento do número de passageiros em 70 mil, o que geraria 70 novos postos de trabalho.
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