Parceria com China Three Gorges "atingiu todos os objetivos", diz António Mexia
Porto Canal / Agências
Pequim, 16 set (Lusa) - O presidente da EDP (Energias de Portugal), António Mexia, afirmou hoje que a parceria com a China Three Gorges (CTG) "atingiu todos os objetivos" e que a companhia chinesa "cumpriu todos os cumprimentos formais" que assumiu.
"Esta parceria deu mais músculo à EDP e nós também trouxemos à CTG uma capacidade de globalização (...). O resultado não podia ser senão positivo", disse António Mexia aos jornalistas em Pequim, num intervalo de uma inédita reunião com executivos de uma centena de empresas portuguesas e chinesas, organizada pela EDP e a CTG.
É o "maior encontro empresarial organizado por privados entre Portugal e a China" e a abertura contou também com a presença de Maria Belém Roseira, da Comissão Parlamentar de Negócios Estrangeiros, e do embaixador de Portugal em Pequim, Jorge Ryder Torres Pereira.
"O sucesso de Portugal dependerá da nossa atitude perante a globalização. Obviamente, a China e os parceiros chineses são essenciais para as companhias portuguesas. Esta junção é crítica", afirmou o presidente da EDP.
António Mexia salientou que a EDP é "a maior multinacional portuguesa" e em conjunto com a CTG, que é hoje o seu maior acionista, pode "abrir 30 mercados" aos respetivos fornecedores.
O objetivo da reunião de Pequim é "abordar o mercado chinês, mas sobretudo a África e América Latina", disse.
Em dezembro de 2011, a CTG ganhou um concurso internacional para a privatização da EDP, pagando 2.700 milhões de euros pela participação de 21,35% que o Estado português detinha na empresa.
"Foi o maior investimento da China na Europa", realçou António Mexia.
Questionado sobre os "compromissos" assumidos então pelo parceiro chinês, o presidente da EDP disse que "até hoje, a CTG fez tudo aquilo a que se obrigou".
Uma das clausulas do acordo com o governo português previa a possibilidade de uma subsidiária da CTG construir em Portugal uma fábrica de turbinas eólicas, mas segundo declarou domingo à Lusa o presidente da empresa chinesa, Cao Guangjing, não se tratava de um "compromisso".
AC.// ATR
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