Menezes diz ter garantias de que produção Norte da RTP mantém importância

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Porto Canal / Agências

Porto, 16 set (Lusa) -- O candidato da coligação PSD/MPT/PPM à Câmara do Porto, Luís Filipe Menezes, afirmou ter tido a garantia do Governo de que "não há perigo de haver uma perda de importância do centro de produção da RTP" do Norte.

Luís Filipe Menezes, que hoje reuniu com um grupo de personalidades que convidou para, caso vença as eleições do dia 29, constituir o Conselho Estratégico do presidente da Câmara do Porto, afirmou ter feito no domingo "diligências junto do primeiro-ministro e do ministro Poiares Maduro [que tutela a comunicação social]" para averiguar a possibilidade de um esvaziamento do Centro de Produção do Norte da RTP.

Menezes afirmou também que "o ministro [Poiares Maduro] irá apresentar o plano estratégico para a televisão pública na primeira quinzena de outubro".

"Eu confio na palavra do primeiro-ministro e do ministro. No entanto, vou continuar a preservar a insuportável ideia de perdermos o pouco que já temos do ponto de vista comunicacional de serviço público de televisão", sublinhou o candidato.

Luís Filipe Menezes prometeu "seguir este dossiê com muita atenção", considerando ser necessário estar alerta para a possibilidade de se "estar a discutir o telejornal da RTP2 como sendo uma perda muito grave e por baixo da mesa ir [para Lisboa], por exemplo, tudo aquilo que significa a área de informação", da RTP Informação.

"Quero muitos jornalistas a norte, quero muita atividade da comunicação social a norte, porque o poder comunicacional é um aliado da reimposição da força do poder politico e do poder económico", frisou.

Na reunião desta manhã, também a gestão dos próximos fundos comunitários destinados às regiões estiveram em debate, tendo Menezes afirmando que pretende "reunir as forças vivas da sociedade civil imediatamente a seguir às eleições" para "negociar uma outra filosofia", que evite "a centralização em Lisboa".

Tendo "a indiciação" de que a gestão dos fundos pode estar a "encaminhar-se no sentido de mimetizar um centralismo insuportável, que infelizmente tem história na gestão dos quadros comunitários de apoio, prejudicando o Porto e o norte de uma forma incrível", o candidato da coligação "Porto Forte" afirmou que, caso vença, será preciso "correr atrás do prejuízo", tendo em conta que "até finais de novembro essa questão estará fechada".

Questionado sobre os gastos da sua campanha, que no domingo foram alvo de críticas por parte do seu adversário independente Rui Moreira, Menezes garantiu: "sou um escrupuloso cumpridor da lei".

"Nós estamos habituados a que em campanhas eleitorais, quando estão a chegar ao fim, adversários que começam a perder um pouco a cabeça procurem criar factos políticos", disse.

"Não vou alimentar esse tipo de brincadeira, até porque vêm sempre do mesmo quintal", acrescentou, remetendo mais esclarecimentos sobre este tema para o seu mandatário financeiro.

Além de Luís Filipe Menezes e do independente Rui Moreira, concorrem à Câmara do Porto Manuel Pizarro (PS), Nuno Cardoso (independente), Pedro Carvalho (CDU), José Soeiro (BE), José Carlos Santos (PCTP/MRPP) e José Manuel Costa Pereira (PTP).

JAP // JLG

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