PS desafia PSD a condenar utilização de recursos públicos para fins eleitorais
Porto Canal / Agências
Óbidos, 16 set (Lusa) - O PS desafiou hoje o PSD a pronunciar-se se aceita "os cortes cegos" nas pensões da Caixa Geral de Aposentações e a esclarecer casos de alegada utilização de recursos públicos para fins eleitorais de autarcas sociais-democratas.
Esta posição foi assumida por António Galamba, membro do Secretariado Nacional do PS, depois de no domingo o vice-presidente e porta-voz do PSD, Marco António Costa, ter considerado que o líder socialista, António José Seguro, se comporta como "um profeta da desgraça".
"A grande desgraça é protagonizada diariamente pelas medidas do Governo com cortes cegos na segurança social, educação e saúde", contrapôs o dirigente socialista, antes de sustentar que os sociais-democratas, nestas eleições autárquicas, "estão desesperados e pensam que os fins justificam todos os meios".
"Mas na política não vale tudo e seria bom que o PSD se pronunciasse se está de acordo com os cortes cegos nas pensões e nas reformas dos portugueses. Hoje soubemos que nem os bombeiros voluntários escapam à fúria do Governo com o fim da bonificação na idade da reforma", criticou António Galamba.
António Galamba desafiou ainda o porta-voz do PSD a esclarecer "se concorda com a utilização de recursos públicos para fins eleitorais, como foi o caso da compra de crucifixos pela Câmara de Esposende, notícia hoje divulgada pelo jornal I".
"Sabe-se ainda das reincidentes confusões entre PSD e gestão autárquica em algumas freguesias de Gaia, que proporciona passeios a Fátima, situações que o dr. Marco António Costa tão bem deve conhecer", acrescentou o membro do Secretariado Nacional do PS.
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