Autarca com "boa expetativa" de Governo retome obras na secundária do Marco
Porto Canal / Agências
Marco de Canaveses, 16 set (Lusa) - O presidente da Câmara do Marco de Canaveses, Manuel Moreira (PSD), disse hoje à Lusa ter "uma expetativa boa" de que o Governo liberte verbas que permitam retomar as obras na escola secundária local.
"Nas reuniões que tivemos com o ministro da Educação, no mês de julho, e numa visita, ao Marco, do presidente da [empresa] Parque Escolar, em agosto, todos nos disseram que as obras vão ser concluídas", afirmou o autarca, acentuando ainda: "É isso que exigimos no mais curto espaço de tempo".
Manuel Moreira participou hoje na concentração junto à escola, que reuniu centenas de alunos, professores e encarregados de educação, em protesto pela paragem das obras naquele estabelecimento de ensino.
O autarca adiantou à Lusa manter a esperança de que o Ministério da Educação consiga inscrever no Orçamento do Estado para 2014 a verba necessária para garantir o reinício das obras, paradas desde o final do ano passado.
"Não nos vamos poupar a esforços para sensibilizar o Governo para dotar a Parque Escolar para que as obras sejam retomadas o quanto antes, pelo menos fazer já um bloco para que todos os alunos estejam em igualdade de circunstância, com salas de aulas novas", reafirmou Manuel Moreira.
O presidente da câmara elogiou a concentração de hoje junto à escola, sobretudo "a adesão de tantas pessoas".
"Era esse o sentido, que toda a comunidade educativa está solidária com esta causa, que é comum a todos", frisou, concluindo: "Nós continuamos solidários com esta causa. Vamos exigir a construção da escola até ao fim, porque a escola também é um elemento requalificador da cidade".
Esta manhã, centenas de alunos, acompanhados de dezenas de professores fizeram um cordão humano em protesto pela paragem das obras no estabelecimento.
Conforme tinha sido previamente anunciado pela associação de pais, a concentração, que também reuniu muitos encarregados de educação e pessoal não docente, impediu o início das aulas, num protesto que vai manter-se ao longo do dia.
Eduardo Pereira, representante dos pais, explicou à Lusa que o "impedimento da atividade letiva", nesta segunda-feira, resulta do "trabalho da associação para tentar envolver a comunidade escolar neste nosso projeto".
"Por isso é que não querem entrar. Nós queremos que isto seja pacífico. Nós também somos educadores e temos de dar o exemplo", acrescentou.
Na terça-feira, as aulas vão começar normalmente, garantiu ainda.
Contudo, ao longo da semana haverá outros protestos.
"Vamos ter uma atividade, fora do normal, para marcar a nossa posição. Haverá cantares e danças, no exterior da escola, para as pessoas verem", prometeu.
A Escola Secundária do Marco de Canaveses tem cerca de 1.600 alunos e uma centena de professores.
No final de 2012, a empresa Parque Escolar suspendeu as obras de requalificação do estabelecimento, devido à falta de verbas, quando ainda só estava concluído o primeiro terço dos trabalhos.
Desde então, as atividades letivas estão repartidas pelas partes nova e antiga da escola, encontrando-se esta bastante degradada, segundo a direção do estabelecimento.
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