Seguro afirma que Governo quer pôr pensionistas a financiar buracos orçamentais

Seguro afirma que Governo quer pôr pensionistas a financiar buracos orçamentais
| Política
Porto Canal

O secretário-geral do PS afirmou hoje que Portugal precisa de políticos que sintam e se emocionem e acusou o Governo de pretender pôs os pensionistas a financiar "os buracos orçamentais" gerados pela política de austeridade.

A decisão do Governo de cortar até dez por cento as pensões dos reformados da Caixa Geral de Aposentações foi novamente o principal motivo para António José Seguro fazer duras críticas ao executivo de coligação PSD/CDS-PP.

No discurso anterior ao seu, o candidato socialista à presidência da Câmara de Nelas, José Borges da Silva, emocionou-se ao usar da palavra e o líder socialista viu depois nessa emoção uma virtude, considerando que "a emoção faz parte da vida pública" e que "só se emociona quem sente".

"E hoje todos nós sentimos que precisamos de ter políticos que sintam como nós", disse, antes de atacar a decisão do executivo de cortar pensões da Caixa Geral de Aposentações.

"Faz hoje precisamente um ano que os portugueses fizeram uma grande manifestação contra o aumento da TSU, depois de este Governo ter pretendido pôr os trabalhadores a descontarem para financiar as empresas. Pois bem, um ano depois, este mesmo Governo quer pôr os reformados a financiarem os buracos orçamentais por culpa da política errada de austeridade", acusou.

No seu discurso, o líder socialista advertiu que irá repetir a mensagem sobre "a imoralidade e indignidade" do corte nas pensões até que a voz lhe doa.

"As pensões e as reformas são um direito de portugueses que descontaram e trabalharam uma vida inteira. Volto a dizer até que a voz me doa: Hoje, uma reforma e uma pensão, já não alimenta apenas a casa do reformado, mas também muitos dos filhos que estão desempregados e ajuda netos no início do ano escolar. Só quem não conhece o país pode fazer um corte tão indigno e tão imoral como aquele que o Governo decidiu", sustentou.

Exceção feita ao caso de Nelas (onde a presidente da autarquia se recandidata), a volta de hoje do secretário-geral do PS pelo distrito de Viseu é feita em municípios dominados pelo PSD ou pelos sociais-democratas em coligação com o CDS-PP - casos de Vouzela, Penalva do Castelo, São Pedro do Sul e Viseu -, onde os atuais presidentes de câmara não se recandidatam por terem atingido o limite de três mandatos consecutivos.

O concelho de Nelas, que tem cerca de 14 mil habitantes, é atualmente dominado no plano autárquico pela coligação PSD/CDS-PP.

A atual presidente da câmara, Isaura Pedro, recandidata-se a um terceiro mandato, tendo o PS apostado na candidatura do advogado José Borges da Silva.

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