Seguro diz que "mais cedo ou mais tarde" Governo dá razão ao PS sobre descida do IVA da restauração

Seguro diz que "mais cedo ou mais tarde" Governo dá razão ao PS sobre descida do IVA da restauração
| Política
Porto Canal / Agências

O secretário-geral do PS, António José Seguro, afirmou hoje que "mais cedo ou mais tarde" o Governo dará razão ao seu partido quando defende a descida do IVA da restauração.

"É uma evidência que entra pelos olhos adentro de todas as pessoas. Mais cedo ou mais tarde o Governo há de dar-nos razão", declarou António José Seguro aos jornalistas, na chegada à Guarda, onde participou numa ação de apoio ao candidato socialista à Câmara local José Martins Igreja.

O dirigente nacional do PS disse esperar que o Governo lhe dê razão "mais cedo, porque isso pouparia muito desemprego e pouparia muitas falências dos restaurantes em Portugal".

O regresso da taxa de IVA da restauração aos 13% é o cenário com impactos mais benéficos para a economia, segundo o relatório do grupo de trabalho que analisou o impacto fiscal sobre o setor.

O documento hoje divulgado pelo Governo ressalva, no entanto, a necessidade de encontrar medidas adicionais para compensar a perda de receita fiscal, se este for o cenário a adotar no próximo ano.

O grupo de trabalho analisou quatro cenários a adotar em 2014, relativamente à taxa do IVA aplicável ao setor: manter os 23% que o Governo aprovou em 2011, regressar à taxa a 13%, manter os 23% só para as bebidas e criar um regime forfetário para pequenas empresas.

"Aquilo que eu acho fundamental neste momento é estabilizarmos a economia para darmos prioridade à criação de emprego", acrescentou António José Seguro.

Sobre o mesmo assunto lembrou que "aquilo que está provado em todos os estudos, designadamente da AHRESP, a associação representativa do setor, é que se houver uma redução para os 13% que se pouparão cerca de 40 mil postos de trabalho".

"Isto é, que não vão 40 mil trabalhadores para o desemprego", acentuou.

Seguro considerou ser esta "uma vantagem enorme", daí pensar "que neste momento a única decisão que é necessário tomar é o Governo, de uma vez por todas, perceber que cometeu um erro".

"Aliás, no interior do próprio Governo, há quem pense como eu", concluiu sobre o assunto.

Quando questionado pelos jornalistas sobre críticas internas sobre as metas autárquicas fixadas pelo partido, o secretário-geral do PS escusou-se a responder diretamente, optando por referir que aquilo que está a fazer é "falar com os portugueses e apresentar soluções para resolver os seus problemas".

Lembrou que ainda hoje teve oportunidade de "apresentar uma proposta para baixar o gás de botija, porque é inaceitável que no interior existam portugueses que sejam duplamente prejudicados porque não têm acesso ao gás natural e têm que pagar quase o dobro pelo gás de botija".

"É essa a minha responsabilidade e é isso que eu faço com muito gosto", rematou Seguro.

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