Porto, 28 mai (Lusa) -- O candidato do PS à Câmara do Porto, Manuel Pizarro, prometeu hoje requalificar até 2016 todos os jardins que existem nos bairros sociais da cidade, entregando a sua gestão aos moradores e gerando emprego local.

"Os grandes objetivos são construir jardins em todos os bairros sociais e municipais do Porto, fazendo com que o espaço público fique mais qualificado, a cidade fique mais verde, as pessoas se sintam mais felizes, tenham mais qualidade de vida e contribuindo ainda para criar emprego local", afirmou Pizarro durante a apresentação, na Urbanização de Francos, de um plano de requalificação dos jardins dos bairros do Porto.

O candidato lembrou que na cidade do Porto existem 36 jardins em bairros sociais, distribuídos por seis freguesias, num total de cerca de 76 hectares (equivalentes à dimensão do Parque da Cidade) que "estão hoje completamente degradados, ao abandono e em muitos casos têm ratos, insetos e são uma fonte de perturbação".

"Ao contrário, há exemplos como o deste bairro, desta urbanização central de Francos e na urbanização das Condominhas, de espaços onde a câmara contratou [o serviço de gestão dos espaços verdes] com as associações de moradores e os jardins estão absolutamente indistinguíveis dos melhores espaços do Porto", realçou.

Manuel Pizarro pretende assim com este programa "devolver" os jardins à população, e ajudar assim à "criação de 150 postos de trabalho locais nas equipas que farão a manutenção desses jardins, organizadas localmente por associações, paróquias, pela obra diocesana e pelas juntas de freguesia".

Para o socialista, com a requalificação dos espaços verdes será possível "abater o muro que ainda existe entre os bairros e a cidade, combatendo o estigma que afasta os moradores (...) e transformar os bairros em urbanizações onde as pessoas vivam sem estarem separadas do resto do Porto".

Recordando que atualmente a câmara "já hoje gasta" cerca de um milhão de euros com um "contrato de prestação de serviços, supostamente, para tomar conta dos jardins dos bairros", Pizarro disse que irá manter essa mesma verba para o projeto, juntando-lhe um "esforço adicional" de 500 mil euros por ano, relativos a "5% daquilo que as pessoas pagam nas rendas".

"Este é um programa absolutamente sustentável que se pagará muito bem na melhoria da qualidade de vida das pessoas, na melhoria da coesão social da cidade do Porto", afiançou.

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