Forças do regime sírio executaram quase 250 pessoas em Maio alerta o Human Rights Watch
Porto Canal
As forças do regime sírio executaram, pelo menos, 248 pessoas nas aldeias de Bayda e Banias, em maio, denunciou hoje a organização Human Rights Watch (HRW).
Num relatório, a organização de defesa dos direitos humanos, com sede em Nova Iorque, informa ter compilado uma lista de nomes de 248 pessoas mortas em duas aldeias na província costeira de Tartus, nos dias 02 e 03 de maio.
Contudo, ressalva, o número é provavelmente muito mais elevado, qualificando estas mortes como "uma das mais mortíferas execuções em massa desde o início do conflito na Síria".
O relatório surge numa altura em que a comunidade internacional discute um plano para que Damasco proceda à entrega dos seus arsenais de armas químicas, na sequência do ataque, de 21 de agosto, que resultou em centenas de vítimas mortais.
"Enquanto a atenção do mundo está centrada em garantir que o Governo não irá usar mais armas químicas contra a sua população, não nos devemos esquecer que as forças do regime sírio têm usado meios convencionais para ceifar civis", afirmou subdiretor da HRW para o Médio Oriente , Joe Stork, citado pela agência noticiosa France Presse.
"Os sobreviventes contaram-nos histórias devastadoras de como os seus familiares, desarmados, foram 'ceifados' na frente deles pelas forças do e pró-governo", referiu.
As mortes foram amplamente divulgadas em maio, com o Observatório Sírio para os Direitos Humanos a colocar o balanço final em 162 mortos em Bayda e em 145 em Banias.
Dados da organização não-governamental indicam que, pelo menos 110 mil pessoas foram mortas desde o início do conflito na Síria.