Senado da Califórnia aprova aumento gradual do salário mínimo até 10 dólares por hora
Porto Canal
O Senado da Califórnia aprovou, esta quinta-feira, uma reforma da lei laboral para elevar gradualmente até 2016 o salário mínimo para 10 dólares (7,5 euros) por hora, valor que supera o definido em qualquer outra parte dos Estados Unidos.
A medida carece de ser apoiada pela Câmara Baixa, de maioria democrata, partido cujos líderes, em que se inclui o governador Jerry Brown, chegaram a acordo, esta semana, na Califórnia, para que este ajuste salarial seja uma realidade.
O salário mínimo, à luz da legislação vigente desde 2008, está fixado em 8 dólares por hora (6 euros), devendo ser atualizado para 9 dólares (6,7 euros) em julho do próximo ano e para 10 (7,5 euros) em janeiro de 2016, caso a reforma passe todos os trâmites e seja ratificada pelo governador, como está previsto.
Atualmente, o salário mínimo mais elevado dos Estados Unidos é o que é pago aos trabalhadores no estado de Washington - 9,19 dólares (6,92 euros) -, seguido dos do Oregon (8,95 dólares ou 6,74 euros).
Na maior parte dos estados norte-americanos aplica-se o estipulado pela lei federal: 7,25 dólares (5,46 euros).
O Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pediu recentemente ao Congresso para melhorar o salário mínimo, aumentando-o para 9 dólares, ajustando-o à inflação, um valor que fica, no entanto, longe do pretendido pela central sindical AFL-CIO -composta por cerca de 50 federações nacionais e internacionais de sindicatos dos Estados Unidos -, a qual exige 10,5 dólares (7,9 euros) por hora.
O Senado da Califórnia aprovou também a proposta de lei que permitirá, caso haja 'luz verde' da Assembleia (câmara baixa), que os imigrantes indocumentados que residem no estado possam obter uma licença de condução.