Quinze polícias feridos em confrontos com professores em protesto na capital mexicana
Porto Canal / Agências
Cidade do México, 12 set (Lusa) - Quinze polícias da Cidade do México ficaram esta quarta-feira feridos, dois dos quais gravemente, em confrontos com professores durante os protestos contra a reforma educativa impulsionada pelo Governo mexicano, informaram fontes policiais.
"Temos 15 agentes feridos, indicaram-nos que dois podem ser feridos graves", disse o secretário do Governo da Cidade do México, Héctor Serrano, em declarações à televisão Milenio, citadas pela Efe.
Cerca de 12 mil professores participaram em protestos na quarta-feira, tendo bloqueado importantes avenidas da capital mexicana.
O bloqueio de importantes artérias da cidade e a agressão aos agentes "é uma reação que não tem nada que ver" com a liberdade de expressão", frisou o mesmo responsável.
Os professores marcharam durante a manhã de quarta-feira do centro da Cidade do México até às imediações da residência oficial de Los Pinos, gabinete de trabalho do Presidente Enrique Peña Nieto.
Ali, uma comissão de representantes dos docentes tentou encontrar-se com funcionários de alto nível, mas em vão, abandonando o local cerca de meia hora depois, o que levou os professores a recrudescerem o protesto, tendo-se agudizado os problemas de tráfego em várias zonas importantes da cidade, 'tomadas' pelos docentes e pelos simpatizantes.
Face à 'ameaça' de bloqueio da capital pelos organizadores do protesto, as autoridades da Cidade do México ordenaram a intervenção das forças de segurança com o objetivo de desimpedir as principais avenidas bloqueadas, o que deu origem a vários confrontos.
Os professores que se manifestaram opõem-se às reformas educativas que procuram melhorar a qualidade do ensino no México e que introduzem um sistema de avaliação dos docentes que, asseguram, pode gerar despedimentos em massa.
O mesmo motivo esteve na origem de manifestações em diversos estados mexicanos. Uma das mais importantes, protagonizada por cerca de 2.000 professores, resultou no corte do trânsito na autoestrada México-Acapulco durante quatro horas.
Esta é a primeira reforma estrutural impulsionada pelo Presidente mexicano, Enrique Peña Nieto, e os três principais partidos políticos do país.
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