Portos com quebra de tráfego mercadorias nacional e subida no internacional em 2012

Portos com quebra de tráfego mercadorias nacional e subida no internacional em 2012
| Economia
Porto Canal

O movimento de mercadorias nos portos nacionais aumentou no ano passado 2,1% no tráfego internacional, mas caiu 7% no tráfego nacional, segundo dados provisórios hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

De acordo com o Instituto, o movimento de mercadorias nos portos portugueses "manteve-se relativamente estável em 2012", atingindo 67,8 milhões de toneladas, embora o número de embarcações entradas tenha registado uma redução de 7,9% em 2012, para um total de 13.069 embarcações.

O INE explica que a redução na entrada de embarcações foi mais acentuada no segundo semestre de 2012, mas foi compensada "ao longo do ano pela entrada de navios de maior dimensão, que se traduziu num aumento de 0,5%" em termos de dimensão (arqueação bruta total).

Já o desempenho "favorável" registado no primeiro semestre de 2012, não se manteve no segundo semestre, quando a atividade portuária esteve condicionada por vários momentos de greve por parte de trabalhadores de alguns dos principais portos nacionais, como Lisboa e Setúbal, lembra o INE.

"As mercadorias carregadas apresentaram um crescimento anual assinalável", de 8,2%, o que conferiu "maior expressão aos movimentos de saída na atividade portuária pelo terceiro ano consecutivo", refere o INE, acrescentando que "em 2012 o peso relativo das mercadorias carregadas correspondeu a 39,1% do tráfego total de mercadorias movimentadas".

O gabinete de estatísticas adianta que o tráfego internacional correspondeu a 56,3 milhões de toneladas de mercadorias, correspondente a 83% do movimento portuário total, apresentando um crescimento de 2,1%, um aumento que, "ainda que inferior ao registado em anos anteriores", "compensou o abrandamento no transporte de mercadorias entre portos nacionais".

Os três principais portos nacionais, Leixões, Lisboa e Sines, concentraram 77,8% do movimento de mercadorias nos portos nacionais, com destaque para a subida de 10,3% na carga movimentada por Sines.

A atividade em Leixões manteve-se inalterada face ao ano anterior, enquanto Lisboa, cuja atividade foi afetada pelas paralisações laborais, registou uma queda de 10,2% nas mercadorias movimentadas, num total de 10,1 milhões de toneladas.

Também Setúbal, Ponta Delgada (Açores) e Caniçal (Madeira) sofreram descidas no transporte comercial por via marítima de 11,6%, 17,5% e 13,4%, respetivamente.

Segundo o INE, o crescimento do tráfego internacional de mercadorias "foi captado principalmente por Sines", que aumentou 11,7%, seguindo-se a Figueira da Foz, com mais 5,9%, e Leixões, onde a subida foi de 1,3%.

Já em Lisboa e no Caniçal, verificaram-se quebras na movimentação de cargas em fluxos internacionais de mercadorias, de 12,1% e 36,1%, sublinha o instituto, destacando que a redução do tráfego entre portos nacionais "assumiu maior expressão em Setúbal", de 26,9%, e em Ponta Delgada, de 20,4%.

No transporte aéreo, o movimento de carga e correio caiu 4,1% nos aeroportos nacionais, enquanto o transporte de mercadorias por ferrovia se fixou em 8,9 milhões de toneladas em 2012, correspondente a uma redução homóloga de 6,6% das toneladas transportadas. Apesar disso, explica o INE, "o volume de transporte pouco oscilou (+0,2%)".

O INE divulgou também hoje os números do transporte rodoviário de mercadorias, mas para o quarto trimestre de 2012, destacando que o transporte que é efetuado por veículos nacionais atingiu os 34.347 milhares de toneladas, menos 21,6% na tonelagem de mercadorias transportadas e 5,8% no volume de transporte, "prosseguindo a trajetória descendente verificada nos anteriores trimestres".

A tonelagem de mercadorias transportadas em tráfego nacional representou 87,2% do total e evidenciou uma queda de 22,4% em termos homólogos, tal como se verificou uma redução homóloga de 16% no transporte internacional de mercadorias.

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