Obama adiou ameaça de ataque à Síria e aceita dar oportunidade ao plano russo

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Porto Canal / Agências

Washington, 11 set (Lusa) - O Presidente norte-americano, Barack Obama, adiou, esta noite, a ameaça de intervir militarmente na Síria, depois do regime do Presidente sírio, Bashar al-Assad, ter acolhido o plano russo, decidindo dar uma oportunidade à diplomacia.

No seu discurso a partir da Casa Branca, Obama afirmou ter pedido ao Congresso norte-americano para adiar uma votação sobre o projeto de resolução autorizando os Estados Unidos a intervir militarmente na Síria, enquanto Washington estuda a iniciativa russa.

Obama afirmou que irá manter-se pessoalmente em contacto com o Presidente da Rússia, Vladimir Putin, e que o seu secretário de Estado, John Kerry, vai rumar a Genebra para conversações com o seu homólogo russo na quinta-feira.

"É muito cedo para dizer se esta oferta vai ser bem-sucedida e qualquer acordo tem de verificar se o regime de [Bashar al-] Assad mantém os seus compromissos", advertiu Obama.

Contudo, reconheceu, "esta iniciativa tem potencial para eliminar a ameaça das armas químicas sem recurso ao uso da força, particularmente porque a Rússia é um dos aliados mais fortes de Assad".

O Presidente norte-americano indicou, porém, que os seus contratorpedeiros, preparados para lançar mísseis de cruzeiro, vão manter-se no Mediterrâneo oriental, 'prontos' para um eventual ataque punitivo.

Apesar disso, Barack Obama proferiu um discurso mais direcionado para a diplomacia, comparativamente à retórica das últimas semanas.

O Presidente norte-americano ameaçou intervir militarmente na Síria em resposta ao ataque de 21 de agosto, alegadamente levado a cabo forças do regime, nos subúrbios de Damasco com recurso ao uso de gás sarin, o qual resultou, segundo Washington, em 1.400 mortos, incluindo 400 crianças.

No discurso desta noite, Obama voltou a defender a opção militar durante uma passagem emotiva sobre os horrores do massacre, afirmando que permitir a um ditador usar armas químicas ameaça a segurança dos Estados Unidos, mas deixou a garantia de que não será usada a força militar até que os inspetores das Nações Unidas submetam o relatório sobre o ataque.

DM // JCS

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