Candidato BE a Vila Real defende uso de fundos europeus no emprego

| Política
Porto Canal / Agências

Vila Real, 07 set (Lusa) -- O candidato do BE à Câmara de Vila Real, Rui Cortes, defendeu hoje que os fundos comunitários devem ser canalizados para situações de emergência social e criação de emprego e não para o "betão".

"Na atual situação de crise, todos os aspetos relacionados com as questões sociais, como a saúde, os jovens e apoio à terceira idade, devem ser protegidos", afirmou o candidato no encontro "Vila Real e os dinheiros europeus".

A criação de emprego e a fixação de empresas, necessários à dinamização do investimento em Vila Real, decorrem, na opinião do candidato, de fundos comunitários, pelo que a programação do próximo quadro de apoio deve ser "muito cuidada".

"Aquilo que de grosso modo se chama desenvolvimento está cada vez mais alavancado por apoios comunitários, por isso, a sua importância é global e multidisciplinar", frisou.

A utilização dos dinheiros europeus devem, segundo Rui Cortes, obedecer a uma "matriz de coesão", que não foi incluída no atual quadro de apoio, para evitar uma "cada vez maior" divergência entre o litoral e o interior do país.

Para o concelho de Vila Real, o candidato referiu que se deve pensar em fazer investimentos sustentáveis que atraiam jovens e empresas, fixem famílias, criem emprego e deem melhor qualidade de vida aos cidadãos, em vez de seguir uma "política de betão".

A câmara, liderada pelo social-democrata Manuel Martins, que não se pode recandidatar devido à lei de limitação de mandatos, não teve, na visão de Rui Cortes, capacidade de utilização dos fundos comunitários e teve uma baixa taxa de execução, demonstrando "inépcia".

"Não basta gastar dinheiro, mas ver como se vai gastar de uma maneira realista porque aquilo que se tem gasto em autoestradas e barragens não tem gerado emprego", considerou.

Segundo o candidato, é fundamental "saber aproveitar" as verbas da União Europeia porque, neste momento, o Governo está a fazer com "grande rapidez" a utilização desses fundos, sem visão de futuro, só para dizer que "todo o dinheiro" foi gasto.

Também presente no encontro, a eurodeputada do BE Marisa Matias disse que em Portugal "nunca" houve uma avaliação efetiva da aplicação dos fundos estruturais.

"Não termos territórios divididos por regiões tornou a aplicação de verbas europeias mais opaca, isto porque, se houvesse regionalização haveria tendência para um maior equilíbrio na sua distribuição", explicou.

Esta situação fez com que se tivesse investido demasiado em infraestruturas e muito pouco em áreas como a inovação, criação de emprego, cultura e agricultura, considerou a eurodeputada.

E, acrescentou, "hoje, Portugal está a pagar essa fatura".

Além de Rui Cortes (BE), às eleições de 29 de setembro em Vila Real concorrem ainda António Carvalho (PSD), Rui Santos (PS), Jorge Pinho (CDS-PP) e Júlia Violante (CDU).

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