BE de Matosinhos e Porto dizem que requalificação da circunvalação "prioridade"

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Porto Canal / Agências

Porto, 07 set (Lusa) - O candidato do Bloco de Esquerda à Câmara de Matosinhos, Fernando Queiroz, criticou hoje os executivos autárquicos desta cidade e da do Porto, acusando-os de estarem "de costas voltadas" numa questão "prioritária" que é a requalificação da circunvalação.

Numa conferência de imprensa conjunta das candidaturas do Bloco de Esquerda (BE) do Porto, cuja lista à Câmara é liderada por José Soeiro, e de Matosinhos, Fernando Queiroz enumerou as necessidades atuais da estrada da circunvalação, acusando as câmaras de ambas as cidades de serem "incapazes" de promover a interação intermunicipal, "prejudicando os portuenses e os matosinhenses".

"A circunvalação tem de deixar de ser uma via que separa. Temos de transformar o que é esta estrada nacional numa enorme avenida desta zona do Grande Porto. Este 'costas voltadas' entre os dois Municípios [Porto e Matosinhos] só tem prejudicado os munícipes dos dois lados. Por exemplo: foi necessário criar uma entidade externa para que a orla costeira ganhasse alguma unidade", descreveu o candidato bloquista a Matosinhos.

Para o BE, as necessidades mais prementes para a requalificação da circunvalação são a criação de zonas para os peões poderem circular, como passeios e zonas pedonais, a arborização da via, a concretização da ligação entre o Parque da Cidade e o Parque do Real, "expandindo a área verde das duas cidades" e o arranjo da Alameda Afonso Henriques para "facilitar a circulação rodoviária".

A atual configuração e esquema de mobilidade da rotunda da AEP foram apelidados por Fernando Queiroz de "absolutamente críticos": "É preciso estabelecer normas de circulação que tornem a rotunda mais fluida", defendeu.

O candidato a Matosinhos lembrou, ainda, que a circunvalação está ladeada de quatro estabelecimentos de saúde, três públicos (Hospital de S. João, Instituto Português de Oncologia e Hospital Magalhães Lemos) e um privado (Instituto CUF) considerando urgente dar a esta via "uma configuração para que as pessoas acedam com confiança".

"É preciso que as duas câmaras se entendam. E com o BE presente nos órgãos autárquicos das duas cidades, as pessoas podem contar com empenhamento para criar união e sinergias", concluiu Fernando Queiroz.

Esta convicção foi partilhada por José Soeiro, o qual acrescentou que em 2009 existiu para a zona da circunvalação "um projeto que poderia beneficiar de sete milhões de fundos europeus", lamentando que esse financiamento não se tenha concretizado "porque não houve capacidade de articulação entre as câmaras para desenvolver uma candidatura conjunta".

Soeiro alertou, também, para o facto de "não existirem planos intermunicipais de ordenamento de território" conforme estão previstos na lei por "incapacidade das autarquias trabalharem juntas".

Na corrida eleitoral à Câmara de Matosinhos nas eleições autárquicas de 29 de setembro estão ainda o atual presidente da câmara, Guilherme Pinto (independente), António Parada (PS), Pedro da Vinha Costa (PSD), José Pedro Rodrigues (CDU), Manuel Maio (CDS-PP) e Orlando Cruz (PTP).

PYT // ZO

Lusa/fim

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