Líder da bancada do PSD compara Costa a jogador de equipa de "meio da tabela"

| Política
Porto Canal com Lusa

Cúcuta, Colômbia, 29 ago (Lusa) -- Pelo menos uma centena de colombianos, a maioria dos quais deportados da Venezuela, manifestaram-se, esta sexta-feira, na fronteira para pedir que os deixem reunir com familiares, num ato sobretudo dirigido contra o Presidente venezuelano, Nicolás Maduro.

O protesto teve lugar na ponte Simón Bolívar, que liga a cidade colombiana de Cúcuta à venezuelana de San Antonio.

Os manifestantes exibiram cartazes com frases como "Venezuela, desperta", uma mensagem aos habitantes da nação vizinha para que tomem consciência da situação do seu país, e pediram também a libertação das várias pessoas que foram detidas nos últimos dias pelas autoridades venezuelanas.

A fronteira encontra-se encerrada desde 20 de agosto por ordem de Nicolás Maduro como parte de uma campanha contra o contrabando e supostas atividades de foro paramilitar.

O chefe de Estado venezuelano assinalou, esta sexta-feira, por seu turno, que os colombianos que viviam num bairro fronteiriço com a Colômbia que era "governado por paramilitares" e que foi desocupado no domingo foram repatriados e não deportados.

"Não foram deportados, foram repatriados, regressaram ao seu lugar de origem. Eles quiseram regressar o mais rapidamente possível porque tinham medo das investigações", afirmou Maduro.

Como estas pessoas "não foram capturadas, cometendo diretamente um delito, regressaram voluntariamente", disse, reiterando que o bairro era uma "base paramilitar" e que as pessoas que lá viviam "eram escravos económicos, 'bachaqueros' (contrabandistas) dos paramilitares e que havia mulheres submetidas à escravidão sexual".

Este bairro com aproximadamente 2.000 casas erguidas a 300 metros da fronteira com a Colômbia foi uma das zonas do estado de Táchira onde se realizou a Operação de Libertação do Povo, ativada pelo Executivo para lutar contra o contrabando.

Com este fim, Maduro encerrou a fronteira por 72 horas na quarta-feira da semana passada, uma medida que estendeu de por tempo indeterminado dois dias depois, quando declarou estado de emergência no estado de Tachira, no oeste do país, um foco de oposição ao seu governo, o qual abrange seis municípios.

Desde o encerramento da fronteira, ordenado por Maduro, mais de 1.000 colombianos foram devolvidos ao seu país e outros 4.260 abandonaram a Venezuela voluntariamente.

A decisão gerou preocupação no seio de organismos como a União de Nações Sul-americanas (Unasul) e a União Europeia (UE).

Os chefes da diplomacia dos países da Unasul reúnem-se na sede do bloco, em Quito, na próxima quinta-feira, dia 03 de setembro, para discutir a crise fronteiriça, informou, esta sexta-feira, a ministra dos Negócios Estrangeiros da Colômbia, María Ángela Holguín

DM (DN) // DM.

Lusa/Fim

Castelo de Vide, 29 ago (Lusa) - O líder parlamentar do PSD comparou, na sexta-feira, o líder do PS a um jogador de uma equipa de futebol de "meio da tabela" que quando é chamado para jogar nos "grandes" não se consegue afirmar na equipa.

"Ele pode ter sido lá muito bom ministro da Justiça, da Administração Interna, deputado europeu, presidente da Câmara de Lisboa, mas agora que foi para secretário-geral do PS, de facto não conseguiu ser uma alternativa, não é uma alternativa consistente para liderar Governo de Portugal e estas demonstrações de ziguezague, não lhe conferem a confiança que ele anda a pedir nos cartazes", afirmou o líder da bancada social-democrata, Luís Montenegro, durante um jantar-conferência da Universidade de Verão do PSD, que decorre em Castelo de Vide até domingo.

Socorrendo-se de uma imagem futebolística para falar da "inconsistência" e "impreparação" de António Costa, o líder parlamentar do PSD comparou o secretário-geral socialistas a um jogador de futebol de uma equipa de médio da tabela, que "joga bem, suporta a equipa e dá nas vistas" e depois, quando é contratado para "os grandes, para o Benfica, o Porto e o Sporting", não consegue afirmar-se na equipa.

"É um bocadinho como, apesar de ter aptidões e habilitações (...), jogar na Liga Europa ou na Champions League. Aquilo que me parece, politicamente falando, é que o doutor António Costa é muito bom a jogar na Liga Europa, mas não tem jeito para jogar na Champions League", gracejou.

Numa intervenção carregada de críticas ao líder socialista, Luís Montenegro chegou mesmo a deixar um elogio à "responsabilidade" demonstrada pelo antecessor de António Costa, quando o PS se absteve na votação do primeiro Orçamento do Estado do atual Governo de maioria PSD/CDS-PP, dando aos parceiros externos "uma garantia de que havia uma coesão mínima no parlamento português".

Pelo contrário, acrescentou, António Costa considerou na altura que essa abstenção representava um "erro capital" e terá chegado a dizer a António José Seguro que deveria ter votado contra.

Falando dos tempos em que o país estava à beira do "naufrágio e do afogamento", Luís Montenegro recuperou o discurso do primeiro-ministro na Festa do Pontal para falar nas "medidas dramáticas" que tiveram de ser tomadas, garantindo, tal como Pedro Passos Coelho, que "não há ninguém que se sinta bem a cortar salários" ou pensões para o Estado ter dinheiro suficiente para cumprir as suas obrigações.

"Tivemos de pedir esses sacrifícios porque significavam estar a semear para colher depois", disse, numa referência ao crescimento da economia que começou depois a surgir.

Luís Montenegro recusou as críticas socialistas de falta de sensibilidade social do Governo, lembrando, entre outros exemplos, que foi o PS que congelou o salário mínimo, para voltar depois às acusações a António Costa, que "em quase todas as funções que desempenhou sai a meio do mandato".

"Não guardo nenhuma grande memórias de grandes obras em Lisboa, nem grandes medidas quando foi ministro", disse, gracejando também sobre as visitas que António Costa tem feito em Lisboa.

"Sempre que há qualquer crise, Costa vai sempre acabar em Lisboa, a coisa acaba sempre em Lisboa. Mas, há mais país para além de Lisboa", enfatizou.

Luís Montenegro, que também não fugiu ao tema da Grécia e à 'colagem' do PS ao Syriza, aproveitou ainda a ocasião para, tal como já fez a ministra das Finanças, dizer que o Governo está a procurar "aliviar a carga fiscal das pessoas e das empresas".

VAM // CC

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