Empresas chinesas com negócios em Portugal perderam quatro mil milhões em duas semanas
Porto Canal
As empresas chinesas com negócios em Portugal, tais como a a Fosun - dona da Fidelidade e da Espírito Santo Saúde (agora Luz Saúde) e, na corrida ao Novo Banco, a Haitong - nova dona do BESI (Banco Espírito Santo Saúde) perderam quatro mil milhões em duas semanas. Esta quebra deve-se fundamentalmente à desvalorização intencional do yuan.
Duas semanas foi o tempo necessário para duas grandes empresas chinesas perderem quatro mil milhões de euros.
Quando, a 11 de Agosto, o Banco Central da China procedeu à desvalorização intencional do yuan a consequência foi a diminuição da capitalização bolsista. Com a crise que se faz sentir nas bolsas dos países asiáticos, a Fosun - dona da Fidelidade e da Espírito Santo Saúde (agora Luz Saúde) e na corrida ao Novo Banco - e a Haitong - nova dona do BESI (Banco Espírito Santo Saúde) - já perderam cerca de 20%.
Apesar da crise nos mercados ocidentais causada muito em parte pelo Banco Central da China, os mercados accionistas mundiais saíram muito beneficiados e fizeram-se sentir lucros elevados. Também na bolsa de Lisboa se registou a maior subida diária em cinco anos.
Isto, porque a autoridade monetária chinesa executou uma redução de 25 pontos base, deixando a taxa de juro a um ano dos empréstimos a 4,6% e a taxa de juro dos depósitos a um ano a 1,75%. O Banco Central da China também injectou 150 mil milhões de yuan (cerca de 20,3 mil milhões de euros) para aumentar a liquidez do sistema financeiro chinês, com o intuito de reactivar a segunda maior economia do mundo ao tentar garantir uma maior estabilidade do sector.
Há já 19 anos que as bolsas chinesas não encerravam com um valor tão baixo.