Mais fogos e menos área ardida do que a média da década

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Porto Canal com Lusa

Lisboa, 18 ago (Lusa) -- Portugal teve este ano quase 13 mil fogos, mais do que a média da última década, mas menos área ardida (quase 44 mil hectares), segundo um relatório do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas hoje divulgado.

De acordo com o documento, entre 01 de janeiro e 15 de agosto registaram-se 12.810 ocorrências (com 2.655 incêndios florestais e 10.155 fogachos), das quais resultaram 43.844 hectares de área ardida (21.934 hectares de povoamentos e 21.910 hectares de matos).

Comparando com os dados da última década registaram-se mais quatro por cento de ocorrências relativamente à média dos anos entre 2005 e 2014 mas com menos área ardida, menos 22 por cento do que a média da última década.

Segundo esses números, nos anos de 2005, 2006, 2010 e 2012 houve mais área ardida (contabilizando os mesmos períodos).

Ainda de acordo com o relatório, e sempre tendo em conta o mesmo período, registaram-se 753 reacendimentos (menos 82 do que a média da década) .

Em números de ocorrências o pior ano foi o de 2005, com mais de 24 mil (até agosto) e o melhor o ano passado, com menos de cinco mil. Na área ardida o pior ano foi também o de 2005, com mais de 197.000 hectares atingidos, e o melhor o de 2007, com um pouco menos de seis mil hectares até agosto.

Quanto aos incêndios ocorridos este ano por distrito diz-se no documento que, em termos de número de ocorrências, o Porto foi o mais afetado, seguido de Braga. Nos dois casos no entanto trata-se maioritariamente de fogachos (fogos com menos de um hectare de área ardida).

Os distritos mais afetados em relação à área ardida foram os de Viana do Castelo (8.649 hectares), Guarda e Braga.

No continente Beja foi o distrito com menos ocorrências, apenas 40, e Portalegre o distrito com menos área ardida, 162 hectares.

Citando o Instituto Português do Mar e da Atmosfera, o relatório lembra que o primeiro semestre do ano foi o quarto mais quente desde 2000 e o sexto mais seco desde 1931. Nesse período registaram-se quatro ondas de calor, tendo três dos maiores incêndios coincidido com essas ondas.

Quanto a grandes incêndios (mais de 100 hectares ardidos) até 15 de agosto há registo de 61, que queimaram 26.179 hectares de floresta, cerca de 60 por ceno do total de área ardida.

O relatório diz que o maior incêndio ocorreu no passado dia 08 em Vila Nova de Cerveira, distrito de Viana do Castelo, e consumiu uma área estimada em 3.000 hectares.

FP//GC.

Lusa/fim

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