Apoio ao investimento deve incluir medidas que aumentem liquidez na economia - CSP

| Economia
Porto Canal / Agências

Lisboa, 27 mai (Lusa) - O presidente da Confederação de Serviços de Portugal (CSP), Luís Reis, defendeu hoje que as "positivas" medidas de apoio ao investimento apresentadas pelo governo sejam acompanhadas de iniciativas visando o aumento da liquidez na economia.

Esta foi uma das posições manifestadas por Luís Reis durante o encontro que manteve, juntamente com outras confederações, durante cerca de hora e meia, com o ministro da Economia e Emprego, Álvaro Santos Pereira.

A reunião "teve sobretudo que ver com a agenda para o investimento que o Governo apresentou e as medidas relativas ao crédito fiscal", explicou Luís Reis.

Na quinta-feira passada, 23 de maio, o ministro das Finanças, Vítor Gaspar, numa conferência de imprensa onde esteve também presente o ministro da Economia, apresentou o Crédito Fiscal Extraordinário ao Investimento (CFEI).

Incluído num pacote de incetivos fiscais o investimento, a medida prevê, para montantes até cinco milhões de euros, uma dedução à coleta em sede de IRC de 20% do montante investido com um limite de 70% do valor daquela coleta.

O investimento elegível para este crédito fiscal, que deverá ser lançado até junho, terá de se realizar entre 01 de junho e 31 de dezembro de 2013, podendo ascender até aos 5.000.000 euros, sendo dedutível à coleta de IRC por um período de cinco anos.

Luís Reis fez um "elogio pela medida, quer pelo seu caráter prático", como também, "e sobretudo, pelo seu caráter simbólico".

Isto porque "concordamos que este é o momento do investimento da economia", disse.

No encontro "fizémos dois reparos: primeiro de que a medida poderia prolongar-se por mais tempo e, segundo, que esta medida funcionaria melhor se fosse acompanhada com outras, designadamente aquelas que se destinam ao aumento da liquidez na economia", apontou.

"É absolutamente essencial que exista mais financiamento à economia em condições mais competitivas".

Questionado sobre o ministro da Economia foi sensível a estes reparos, Luís Reis respondeu afirmativamente.

"Foi sensível, quero crer que existirão novas medidas do Governo, designadamente no âmbito do financiamento da economia que possam ajudar a relançar o crescimento económico em Portugal", disse.

A CSP classificou como "positiva a preocupação do ministro em escutar as confederações empresariais", já que "nesta altura, sem as empresas não haverá seguramente relançamento económico".

Álvaro Santos Pereira reuniu-se esta tarde com as confederações do comércio, serviços, agricultura, indústria e construção para debater o crescimento e o investimento.

Entre as entidades que participaram no encontro estão a Confederação Empresarial de Portugal (CIP), que representa a indústria, a Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), a Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP) e a Confederação do Turismo de Portugal (CTP).

Além destas entidades, que integram a comissão permanente da concertação social, estiveram também presentes a CSP e a Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário (CPCI).

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