Trabalhadores da STCP já esperavam desfecho da subconcessão

Trabalhadores da STCP já esperavam desfecho da subconcessão
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Porto Canal

A Comissão de Trabalhadores (CT) da STCP recordou hoje já ter avisado que o consórcio TMB/Moventis não estaria interessado na subconcessão, pelo que o desfecho "já era esperado", e desejou que o Governo "pare de vez com este processo".

"Nós já tínhamos denunciado que o consórcio queria desistir. Este desfecho já era esperado, já sabíamos que não se ia consumar", afirmou à Lusa Pedro Silva, da CT da Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP).

O Ministério da Economia confirmou na sexta-feira à Lusa que o consórcio espanhol TMB/Moventis não entregou a garantia bancária necessária para assumir a operação da rodoviária STCP, o que faz cair a subconcessão por 10 anos daquela empresa e a da Metro do Porto, adiantando que o concurso será relançado "a curto prazo", preferencialmente ainda este mês.

A CT espera agora que "o Governo pare de vez com este processo" de subconcessão da empresa, porque entende que só mantendo a STCP na esfera pública "é possível salvaguardar os interesses dos utentes e dos trabalhadores".

Em meados de julho, as organizações representativas dos trabalhadores da STCP (ORT) alertaram, em comunicado, que a reestruturação interna iniciada recentemente na empresa parecia "indiciar que o consórcio espanhol TMB/Moventis, a quem foi adjudicada a concessão do serviço, [tinha] desistido da concessão".

No comunicado, as ORT asseguravam que o contrato ainda não tinha sido assinado e que "tão pouco" tinha sido "constituída, pelo consórcio, a empresa" para que tal se tornasse possível.

Pedro Silva lamentou que o Governo tenha feito depender do final do processo de subconcessão a contratação de motoristas para a empresa.

Questionado pela Lusa se tinha já conhecimento de que o Governo terá autorizado a administração da STCP a contratar motoristas, como anunciou hoje o presidente do Conselho Metropolitano do Porto, Hermínio Loureiro, Pedro Silva respondeu que "até ao momento não foi dada essa informação" à CT.

"A última informação que recebemos da administração foi a 31 de julho, quando nos disse que tinha pedido à tutela autorização para contratar motoristas, mas que ainda não havia autorização", sublinhou.

A contratação de motoristas é, para a CT, "uma boa notícia", contudo, "já vem tarde" e não evitará o incumprimento de serviços em setembro.

"Já não é possível formar motoristas para começarem a trabalhar na escala de inverno, em setembro, e se em agosto mais de 30% do planeamento não é cumprido em setembro vai ser a rutura", adiantou.

A escala de inverno arranca em setembro, mês do regresso às aulas. A 09 de julho, o Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes da Área Metropolitana do Porto (STTAMP) alertou que a STCP estava perto da rutura e que tal aconteceria em setembro sem novos motoristas, mês em que estimava que apenas fosse possível cumprir 55% dos serviços.

A Metro do Porto encontra-se sem CT desde o dia 08 de maio, depois de os membros terminarem o mandato e não serem substituídos, por inexistência de uma lista de trabalhadores interessados.

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