Síria: MNE francês aponta "crescentes suspeitas" de utilização de armas químicas

| Mundo
Porto Canal / Agências

Bruxelas, 27 mai (Lusa) -- O ministro francês dos Negócios Estrangeiros, Laurent Fabius, referiu-se hoje em Bruxelas a "crescentes suspeitas sobre a utilização de armas químicas" na Síria pelo exército governamental.

"Existem suspeitas cada vez mais fortes, cada vez mais sustentadas, mais concretas, da utilização localizada de armas químicas", disse Fabius após uma reunião em Bruxelas com os seus parceiros europeus.

O ministro precisou que as informações, assentes "em elementos que dispomos", estão a ser "objeto de confirmações muito precisas" e acrescentou que a questão está a ser discutida com os seus homólogos para extrair as necessárias conclusões.

Fabius regressou de imediato a Paris, onde deverá manter conversações sobre a Síria com o secretário de Estado norte-americano John Kerry e com o chefe da diplomacia da Rússia, Serguei Lavrov.

Numa reportagem hoje publicada no diário francês Le Monde, dois repórteres que estiveram no terreno em abril e maio referem que o exército sírio recorreu a armas químicas contra forças rebeldes nos arredores de Damasco.

Os enviados especiais do diário dizem que foram "testemunhas e durante dias seguidos" da utilização de explosivos químicos e dos seus efeitos sobre os combatentes na frente de Jobar, "um bairro situado à saída de Damasco onde a rebelião entrou em janeiro".

Numa referência ao levantamento do embargo europeu sobre as armas destinadas aos rebeldes, Fabius admitiu que "ainda não existia acordo" entre os ministros.

"É muito importante que a Europa adote uma posição unida neste caso", precisou.

Nesta perspetiva, adiantou que a França "é favorável à solução 3", apresentada pelo serviço diplomático da UE e que prevê uma emenda ao pacote de sanções adotadas contra a Síria.

O debate entre os ministros pretende determinar as condições sobre novas medidas relacionadas com a guerra na Síria, e que em parte estarão relacionadas com os avanços na solução política para o conflito após a conferência de Genebra, que deve decorrer em junho por iniciativa dos Estados Unidos e Rússia.

Estes compromissos, típicos das negociações na UE, permitiria "o favorecimento do consenso europeu, para que se permita aos resistentes possuírem as armas necessárias, e que essas armas sejam controladas", explicou.

"Espero que os meus colegas adotem esta posição", acrescentou Fabius.

PCR // PJA

Lusa/Fim

+ notícias: Mundo

Ex-membro da máfia de Nova Iorque escreve livro dirigido a empresários

Lisboa, 06 mai (Lusa) -- Louis Ferrante, ex-membro do clã Gambino de Nova Iorque, disse à Lusa que o sistema bancário é violento e que escreveu um livro para "aconselhar" os empresários a "aprenderem com a máfia" a fazerem negócios mais eficazes.

Secretário-geral das Nações Unidas visita Moçambique de 20 a 22 de maio

Maputo, 06 mai (Lusa) - O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, vai visitar Moçambique de 20 a 22 de maio, a primeira ao país desde que assumiu o cargo, em 2007, anunciou o representante do PNUD em Moçambique, Matthias Naab.

Síria: Irão desmente presença de armas iranianas em locais visados por Israel

Teerão, 06 mai (Lusa) - Um general iraniano desmentiu hoje a presença de armas iranianas nos locais visados por Israel na Síria, e o ministro da Defesa ameaçou Israel com "acontecimentos graves", sem precisar quais, noticiou o "site" dos Guardas da Revolução.