Frontex “obrigada” a contratar privados para patrulhar Mediterrâneo
Porto Canal (AYS)
A Frontex, agência europeia de controlo fronteiras, vai colocar empresas privadas no patrulhamento no Mediterrâneo, pois os Estados membros não disponibilizam meios suficientes para a missão.
"Falta-nos tudo, mas sobretudo aviões", disse Gil Arias à agência EFE, acrescentando ainda que a Frontex tem como objectivo no presente mês assinar um contracto com quatro empresas privadas prestadores de serviços aéreos.
Quando há um aumento de fluxo de imigrantes que tentam chegar às costas de Itália, Malta e Grécia, a agência vê-se obrigada a "sobreviver com escassos meios", apesar de haver orçamento mais do que satisfatório.
"De pouco nos serve mais dinheiro se a Frontex não dispõe dos meios materiais", os tais que deviam ser cedidos pelos Estados membros da União Europeia (UE), disse Gil Arias.
"Dispomos de aviões cedidos, mas não são suficientes" para as patrulhas aéreas, "necessárias tanto para o controlo como para o resgate de pessoas, uma vez que permitem a detecção atempada das embarcações de imigrantes" e, dessa forma, "evitar tragédias humanas" quando há naufrágios.
E, até Setembro, "quando se poderá utilizar esses meios privados", a Frontex vai ter "de sobreviver" com o que tem, que "é muito menos" do que necessita, explicou Arias.
Arias acrescenta que já não é a primeira vez que a agência tem que contratar serviços privados mas que agência encontra-se numa “situação desesperada”.
Imagem: www.iom.int