PSD congratula-se com situação orçamental e desafia Seguro a colaborar

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Porto Canal / Agências

Espinho, 31 ago (Lusa) -- O líder parlamentar do PSD congratulou-se hoje com os dados do relatório da Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) que demonstram que "situação orçamental do país está controlada", desafiando o líder da oposição a "colaborar no processo de recuperação".

"O relatório da UTAO relativo aos primeiros seis meses do ano vem demonstrar aquilo que vimos dizendo, que a situação orçamental está controlada quer do lado da receita, quer sobretudo do lado da despesa, que continua a ter um comportamento melhor ainda do que o previsto", disse Luís Montenegro numa declaração à imprensa em Espinho.

Luís Montenegro considera que "esta é uma notícia que se vem juntar a outras, como seja o facto de, no segundo trimestre deste ano, ter havido um crescimento do Produto [Interno Bruto - PIB], ao contrário do que sucedia nos dez trimestres anteriores".

Além disso, acrescentou, "o facto do desemprego também não estar a crescer e o facto de as nossas exportações se manterem numa linha de crescimento sólido e sustentado" mostra "alguma inversão da tendência dos últimos meses".

Inversão que, segundo referiu, resulta "do esforço que o país e os portugueses fizeram ao longo dos últimos anos".

Luís Montenegro desafia, por isso, o secretário-geral do PS, António José Seguro, a pronunciar-se sobre o relatório da UTAO e "sobre a situação que o país vive neste momento, que não corresponde àquilo que muitas vezes tem sido dito, de estarmos num cenário de grande catástrofe. É um cenário difícil o que temos pela frente, mas não é uma catástrofe, o país esta a resistir, está a combater e está aparecer com resultados que nos dão ânimo para os tempos futuros".

"Era importante que o líder do principal partido de oposição não aparecesse zangado perante o país, perante estes resultados de todos os portugueses, [que] aparecesse também ele confiante e construtivo para colaborar neste processo de recuperação", sublinhou.

"Desafiamos o PS a não ir pelo caminho do pessimismo e negativismo relativamente à nossa capacidade, a não aparecer zangado com os bons resultados construídos pelos portugueses e aparecer confiante, colaborando com o Governo, para todos juntos construirmos um país cuja transformação possa evitar que, no futuro, tornemos a ter situações de resgate financeiro como aquele que vivemos", acrescentou.

O défice orçamental em contabilidade nacional, a que conta para Bruxelas, terá chegado a cerca de 7,1% do Produto Interno Bruto nos primeiros seis meses do ano, estima a Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO).

Numa nota sobre a execução orçamental entre janeiro e junho (em contabilidade pública), a que a Lusa teve acesso, os técnicos independentes que dão apoio à comissão parlamentar de orçamento, finanças e administração pública, estimam que o défice em contabilidade nacional para os primeiros seis meses do ano esteja entre os 6,6% e os 7,6% do Produto Interno Bruto (PIB). O valor central da estimativa é assim de 7,1%.

O INE ainda não divulgou o valor do défice das administrações públicas nos primeiros três meses do ano.

Sem a injeção de capital do Banif, que foi incorporada no défice do primeiro trimestre do ano, o valor central da estimativa da UTAO ainda seria de 6,2% do PIB.

O valor final de défice que Portugal se comprometeu com a 'troika' (Fundo Monetário Internacional, Comissão Europeia e Banco Central Europeu) a não ultrapassar é de 5,5% para o total do ano.

Sobre esta meta, a UTAO diz que "ainda não é possível retirar conclusões sobre o cumprimento do limite de 5,5% do PIB definido para o conjunto do ano".

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