Palha da Silva diz que processos contra BES/Novo Banco estão "em aberto"

| Economia
Porto Canal / Agências
Lisboa, 31 jul (Lusa) - O presidente do Conselho de Administração da Pharol, Luís Palha da Silva, afirmou hoje que eventuais processos contra BES/Novo Banco devido a aplicações da PT SGPS na Rioforte estão "em aberto".

A Pharol, antiga PT SGPS, vai avançar com processos contra ex-administradores pelas aplicações na Rioforte, depois dos acionistas aprovarem a proposta por larga maioria, com cerca de 11.300 votos contra, disse um dos participantes da reunião.

Os acionistas da Pharol (43% do capital representado) estiveram reunidos esta tarde em Lisboa, em assembleia-geral de acionistas, para votar a proposta do Conselho de Administração de colocar uma ação de responsabilidade contra ex-administradores da empresa devido a investimentos na Rioforte, do Grupo Espírito Santo (GES).

Questionado pelos jornalistas se a Pharol (antiga PT SGPS) excluía avançar com processos contra o BES/Novo Banco, Luís Palha da Silva reiterou que a ordem de trabalhos da reunião de hoje visava que os acionistas pudessem decidir mover ações contra os ex-administradores da empresa.

No entanto, "é uma questão que estará sempre em aberto enquanto não estiverem prescritos os prazos que temos para indicar responsáveis por quaisquer atos que tenham prejudicado as empresas", acrescentou, em resposta ao tema BES/Novo Banco.

"Hoje, o que estava a falar será de ex-administradores, não exclui quaisquer outras responsabilizações", adiantou.

O membro do Conselho de Administração da Pharol Rafael Mora, em representação da Ongoing/RS Holding, afirmou aos jornalistas não ter ficado surpreendido pelo representante de Henrique Granadeiro, antigo presidente do Conselho de Administração da PT SGPS, ter pedido a suspensão da reunião magna.

"Obviamente estávamos à espera, mas acionistas não gostaram", disse.

A proposta de suspensão da assembleia-geral foi 'chumbada' por mais de 99% dos acionistas presentes na reunião.

Os acionistas da Pharol (43% do capital representado) estiveram reunidos esta tarde em Lisboa, em assembleia-geral de acionistas, para votar a proposta do Conselho de Administração de colocar uma ação de responsabilidade contra ex-administradores da empresa devido a investimentos na Rioforte, do Grupo Espírito Santo (GES).

No final de junho do ano passado, foi tornado público que as aplicações na Rioforte, datadas de abril de 2014, ascendiam no seu conjunto a 897 milhões de euros. Estes instrumentos de dívida acabariam por vencer a 15 e 17 de julho do mesmo ano, sem a PT SGPS conseguir obter aquele montante.

A situação culminaria na saída de Henrique Granadeiro, na altura presidente executivo e do conselho de administração da PT SGPS, a 07 de agosto do ano passado, e mais tarde de Zeinal Bava da Oi.

Esta foi primeira assembleia-geral da Pharol (antiga PT SGPS) desde que mudou de nome e com Luís Palha da Silva como presidente.

ALU // VC

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