Televisões vão ter reuniões individuais com partidos - Verdes

| Política
Porto Canal / Agências
Lisboa, 31 jul (Lusa) - As televisões generalistas vão passar a ter reuniões individuais com os partidos, disse hoje à Lusa a dirigente dos Verdes Susana Silva, que considerou "inadmissível" que o seu partido tenha sido excluído dos debates das legislativas.

A RTP, SIC e TVI reuniram-se hoje, pela terceira vez, com os partidos com assento parlamentar, sobre os debates das legislativas, depois de na quinta-feira terem enviado uma nova proposta que inclui o líder do CDS-PP, Paulo Portas, nos frente-a-frente.

Na reunião de hoje ficou decidido haver "um debate entre Pedro Passos Coelho e António Costa e outro com as candidaturas" com assento parlamentar, disse a dirigente dos Verdes.

Relativamente a outros frente-a-frente, "essa questão ficou pendente e serão discutidas individualmente entre televisões e partidos", acrescentou.

Os Verdes, sublinhou, "defendem, desde a segunda reunião [já que na primeira não estiveram presentes], que os critérios para a realização dos debates tinham de ser objetivos", pelo que a exclusão do Partido Ecológico dos frente-a-frente "é inadmissível".

Susana Silva apontou que a proposta de incluir o líder do CDS-PP nos debates e o facto de "não haver qualquer debate com os Verdes demonstra um tratamento diferenciado entre partidos".

"Estamos em completo desacordo com essa discriminação", sublinhou a dirigente, apontando estar a referir-se aos "frente-a-frente".

Susana Silva considera que esta parte da proposta das televisões segue "apenas critérios editoriais".

Questionada sobre o que Os Verdes pretendem fazer, a dirigente disse que neste momento vão aguardar o resultado das reuniões individuais entre os partidos e as televisões.

Na proposta anterior, as televisões previam três frente-a-frente entre os líderes do PSD, Pedro Passos Coelho, e do PS, António Costa, um debate com todos os partidos com assento parlamentar, em terreno neutro, para todos os meios de comunicação social transmitirem, e um conjunto de debates entre os partidos.

De acordo com fontes ligadas ao processo, na proposta anterior não estavam previstos debates com Paulo Portas, uma vez que o CDS-PP candidata-se com o PSD na coligação Portugal à Frente.

A lei que regula a cobertura jornalística em período eleitoral, publicada em Diário da República na semana passada, refere que "no período eleitoral os debates entre candidaturas promovidos pelos órgãos de comunicação social obedecem ao princípio da liberdade editorial e de autonomia de programação, devendo ter em conta a representatividade política e social das candidaturas concorrentes".

O Presidente da República marcou as legislativas para 04 de outubro e considerou "desejável" que o próximo Governo tenha um apoio "maioritário" no parlamento e seja "sólido, estável e duradouro".

Numa comunicação ao país, Cavaco Silva afirmou que cabe aos partidos a responsabilidade de negociar "uma solução governativa estável e credível" com apoio maioritário no parlamento, face à possibilidade de nenhum deles alcançar maioria.

O Presidente da República apelou ainda a uma campanha eleitoral serena e com elevação, considerando que, no momento que Portugal atravessa, é essencial preservar "pontes de diálogo" entre os partidos.

ALU // ATR

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