Comissão Europeia defende que cabe ao Governo indicar como pretende actuar

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Porto Canal

A Comissão Europeia defendeu hoje que cabe ao Governo indicar como pretende agir na sequência do chumbo do Tribunal Constitucional ao regime de mobilidade especial, apontando que a reforma do setor público será discutida na próxima missão da 'troika'.

O porta-voz dos Assuntos Económicos do executivo comunitário, Simon O'Connor, comentou hoje que a Comissão tomou nota da decisão do Tribunal Constitucional (TC) de quinta-feira e que "cabe às autoridades portuguesas indicarem como pretendem agir, após terem analisado o acórdão e as questões levantadas".

Lembrando ainda que a próxima missão de revisão do programa de ajustamento português terá lugar já em setembro - ainda sem datas definidas -, o porta-voz do comissário Rehn acrescentou que "essa será a ocasião para aprofundar a discussão sobre a reforma em curso do setor público em Portugal".

Os juízes do TC chumbaram na quinta-feira o regime jurídico da "requalificação de trabalhadores em funções públicas", cuja "fiscalização abstrata preventiva" tinha sido pedida pelo Presidente da República, Cavaco Silva.

O juiz presidente do tribunal, Joaquim Sousa Ribeiro, esclareceu na quinta-feira que alguns artigos foram declarados inconstitucionais por violarem a "garantia da segurança no emprego" e o "princípio de proporcionalidade constantes dos artigos 53 e 18 do número dois da Constituição da República Portuguesa".

As centrais sindicais e os partidos da oposição congratularam-se com a decisão do TC, enquanto os partidos que suportam o Governo mostraram preocupação em relação a este "contratempo" na tarefa de redução da despesa do Estado.

O novo sistema de requalificação, agora declarado inconstitucional, prevê a rescisão contratual para os trabalhadores colocados em inatividade durante um ano, com atribuição da indemnização prevista na lei geral e com direito à proteção no desemprego.

O regime de requalificação é uma das formas através das quais o Governo pretende reduzir o número de efetivos na função pública. A aposentação e o programa de rescisões por mútuo acordo são as outras formas previstas.

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