Afinal, a ideia do fundo grego de privatizações foi do primeiro-ministro holandês

Afinal, a ideia do fundo grego de privatizações foi do primeiro-ministro holandês
| Política
Porto Canal (MPM)

O primeiro-ministro português reclamou a autoria de ideia sobre o fundo de privatizações grego, fundamental para desbloquear o acordo. O presidente do Conselho Europeu, contou outra versão.

Pedro Passos Coelho assumiu esta segunda-feira os louros de ter finalmente desbloqueado o acordo entre a Grécia e os credores. O primeiro-ministro português afirmou que foi Portugal a sugerir que "25 mil milhões pudessem ser utilizados para, de certa maneira, poder privatizar os bancos que estão agora a ser recapitalizados" e que, "acima desse valor, se pudesse então fazer uma utilização quer para abater à divida publica, quer para se poder financiar o crescimento em partes iguais".

"Devo dizer até que, curiosamente, a solução que acabou por desbloquear o último problema que estava em aberto, que era justamente a solução quanto à utilização do fundo [de privatizações], partiu de uma ideia que eu próprio sugeri. Quer dizer que até tivemos, por acaso, uma intervenção que ajudou a desbloquear o problema", acrescentou Passos, citado pela Lusa.

No entanto, em entrevista a sete jornais europeus, Donald Tusk, presidente do Conselho Europeu (CE), relatou com grande detalhe as últimas horas das intensas negociações de Bruxelas. Em nenhum momento, Tusk mencionou Passos Coelho como pedra preponderante no acordo. O presidente do CE relatou o momento em que se encontrava à mesa com Angela Merkel, François Hollande e Alexis Tsipras. "O fundo das privatizações era, sem dúvida, muito provocador para Tsipras", sublinhou Tuske, que a dada altura terá recebido um 'sms' do primeiro-ministro holandês. Mark Rutte sugeria "que 12,5 mil milhões de euros do fundo fossem usados para reembolsar dívida e 12,5 em investimentos". Donald Tusk indica que "ninguém pareceu particularmente impressionado, mas a partir desse momento estava na mesa".

Dada a diferença das versões, não é de descartar a hipótese de Passos Coelho e Mark Rutte terem chegado à mesma conclusão em simultâneo, ou até tenham trabalhado em conjunto, sem que o holandês tenha atribuído os créditos devidos ao português. Contactados pelo Dinheiro Vivo, os gabinetes de ambos os primeiros-ministros não deram até ao momento, qualquer resposta.

+ notícias: Política

Montenegro tem "comportamentos rurais" e Costa é "lento por ser oriental", aponta Marcelo 

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, sublinhou que o primeiro-ministro, Luís Montenegro, tem "comportamentos rurais" e que o seu antecessor, António Costa, é "lento por ser oriental". As declarações foram proferidas, na noite desta terça-feira, durante um jantar com jornalistas estrangeiros. 

Marcelo defende que não fez apreciações ofensivas e que Montenegro "vai surpreender"

O Presidente da República confirmou esta quarta-feira as afirmações que lhe foram atribuídas num jantar com jornalistas estrangeiros na terça-feira, considerou que não fez apreciações ofensivas e que o primeiro-ministro, Luís Montenegro, "vai surpreender".

Chega, BE e PCP contra direção executiva do SNS. PS e Livre querem explicações

Chega, BE e PCP manifestaram-se esta quarta-feira contra a existência da direção executiva do SNS, com a IL a defender que não deve ser extinta, enquanto PS e Livre pediram mais explicações ao Governo.