Empresário temeu "o pior" em zona industrial de Sever do Vouga

| Norte
Porto Canal / Agências

Sever do Vouga, 27 ago (Lusa) - O incêndio que começou em Oliveira de Frades, no domingo, pôs em perigo a zona industrial de Cedrim, concelho de Sever do Vouga, na madrugada de hoje, disse um empresário local.

"Às 06:30 estava tudo a arder por todo o lado", contou José Ferraz, proprietário de uma empresa de tintas, dizendo que, "no meio do fumo, de noite, e com as faúlhas a entrarem pelo armazém", o empresário temeu "perder tudo".

As chamas cercaram a zona industrial de Cedrim perto das 05:00, mas José Ferraz afirmou à agência Lusa que, na segunda-feira, já se ponderava a possibilidade de tal acontecer, tendo retirado material inflamável dos armazéns.

José Ferraz foi alertado durante a madrugada do cerco do incêndio, enaltecendo o trabalho dos bombeiros presentes que, com "tudo isto cercado pelo fogo" e com muito material inflamável dentro dos armazéns, "conseguiram controlar as chamas pelas 08:30".

"Nestes momentos de aflição, estes homens são extraordinários, sempre com uma vontade inacabável de defender o património, seja público ou privado", afirmou José Ferraz.

O proprietário da empresa de tintas afirmou à agência Lusa o seu descontentamento face à "incúria do Estado", contando que "há seis anos houve outro incêndio idêntico" e as matas "não são tratadas nem limpas", nem "é criado um perímetro de segurança à volta da zona industrial".

O incêndio também passou na madrugada de segunda-feira por Santo Adrião, localidade do mesmo concelho, onde Clara Oliveira, de 49 anos, ajudava uma das suas irmãs.

"A partir das 02:00 começou a queimar tudo a eito", disse Clara Oliveira, que ajudou a remover as ovelhas do estábulo, para o caso de "as chamas se poderem aproximar" da localidade.

"Olhava-se para qualquer lado e viam-se as labaredas", afirmou a habitante de Souto Maior, concelho de Oliveira de Frades.

Os reacendimentos são a grande preocupação de Luís Silva, comandante do Agrupamento Centro-Sul, que combate a frente de incêndio em Alagoa, concelho de Sever do Vouga, chamando à atenção para "a baixa percentagem de humidade no ar".

"Passou-se a noite em branco", contou Clara Oliveira, que vai agora ajudar a sua outra irmã, em Paredes, Sever de Vouga, garantindo que "nunca se sabe o que pode acontecer".

Clara Oliveira lembra o incêndio de há sete anos que também deflagrou pelo concelho de Sever de Vouga, contando que, "pela altura de agosto, é sempre assim", estando as três irmãs "sempre prontas para o caso de isto voltar a acontecer".

Este incêndio foi considerado dominado às 15:00.

JYGA // SSS

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