O acordo de colaboração junta este município do norte do distrito de Leiria, o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, as universidades de Aveiro e de Évora, e a Escola Superior Agrária de Coimbra.

No documento, a que a agência Lusa teve hoje acesso, lê-se que o plano de gestão integrada da ribeira de Alge visa "a valorização territorial sustentável do concelho" e pretende assumir-se como um "projeto-piloto replicável para toda a região da serra da Lousã".

"Há a intenção inequívoca de o plano de gestão integrada da ribeira de Alge [que nasce no concelho de Figueiró dos Vinhos na serra da Lousã e tem uma extensão de cerca de 40 quilómetros], alargar-se à comunidade científica e civil, conferindo-lhe um cariz multidisciplinar que assentará, fundamentalmente, na requalificação ambiental e cultural da ribeira de Alge e área envolvente, potenciando e promovendo a valorização ecológica, cultural, social e económica deste curso de água", refere o protocolo.

Segundo o documento, a ribeira, que constitui a "coluna vertebral" do concelho, possui locais, infraestruturas e elementos "de elevada riqueza e interesse natural, económico e sociocultural", como o posto aquícola de Campelo, as fragas de São Simão ou a foz de Alge.

O protocolo, com duração de três anos, renovável, pretende estabelecer uma colaboração institucional e técnico-científica constante e regular entre as entidades, e integra, entre outras valências, a criação de um Centro de Reabilitação em Ecossistemas Ribeirinhos.

Este "assentará no desenvolvimento, promoção e investigação de técnicas e metodologias de gestão de recursos naturais ribeirinhos, implementação de boas práticas de gestão e manutenção de galerias ripícolas e dos recursos piscícolas" da região.

O acordo é assinado às 14:30, na Casa da Cultura de Figueiró dos Vinhos. Na cerimónia, é esperada a presença da ministra da Agricultura e do Mar, Assunção Cristas.

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