Presidente da Escola de Bombeiros critica ausência de política florestal

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Porto Canal / Agências

Lisboa, 23 ago (Lusa) -- O presidente da Escola Nacional de Bombeiros afirmou hoje que a "ausência de uma política florestal" é a grande responsável pelos fogos que lavram em Portugal, garantindo que todos os bombeiros recebem formação para combaterem incêndios florestais.

"A grande responsabilidade de toda esta situação é a ausência de uma política florestal e o abandono da floresta portuguesa", afirmou hoje José Ferreira, em declarações à agência Lusa.

Só na quinta-feira, a Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) registou 235 incêndios, que foram combatidos por 4.047 operacionais, com o auxílio de 1.085 veículos.

O presidente da Escola Nacional de Bombeiros recordou que, "aqui há uns anos, nos grandes incêndios de 2003, se dizia que esses grandes incêndios poderiam constituir uma boa oportunidade para o país para fazer uma política florestal".

No entanto, referiu, "passaram dez anos e tudo continua igual".

Na quinta-feira, o ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, considerou que os incêndios que lavram no país desde domingo, são, em parte, uma inevitabilidade.

"É, em parte, uma inevitabilidade, dado o estado de abandono em que está uma grande parte da floresta portuguesa", defendeu o governante.

José Ferreira defendeu que "não se pode continuar a insistir na questão dos bombeiros [eventual falta de formação para combaterem fogos florestais]", considerando que o que é necessário é "inverter o rumo para uma situação de prevenção, alteração da política florestal deste país".

De acordo com o presidente da Escola Nacional de Bombeiros, qualquer "bombeiro (profissional ou voluntário) tem obrigatoriedade de, ao longo da sua carreira - quando ingressa como bombeiro de 3.ª, quando sobe a bombeiro de 1.ª ou quando sobe ao posto de chefe - fazer formação na área de combate a incêndios florestais".

José Ferreira sublinhou que, durante o período de maio/junho, a Escola organizou pela primeira vez "um curso especial para quadros de comando, para os incêndios de maior dimensão, um curso intensíssimo durante uma semana, com treino no terreno e com simulações de treino noturno".

Desde o início do ano, 3 bombeiros morreram e 34 ficaram feridos no combate a incêndios.

O caso mais recente ocorreu na quinta-feira, na Serra do Caramulo, distrito de Viseu, onde uma bombeira morreu e outros seis ficaram feridos, estando um deles internado no Hospital de São João, no Porto, com "prognóstico muito reservado".

O fogo na Serra do Caramulo deflagrou na quarta-feira e foi hoje dado como dominado, às 08:32, depois de mais de 60 horas de combate.

JRS (SV/AMF) // PMC

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