Austrália abre investigação a homicídio após descoberta de restos mortais quase 50 anos depois
Porto Canal / Agências
Sydney, Austrália, 27 mai (Lusa) -- A polícia australiana anunciou hoje que abriu uma investigação sobre um homicídio, após ter identificado os restos mortais de uma mulher dada como desaparecida há quase 50 anos.
Os restos mortais foram encontrados numa propriedade remota em Gooloogong, no estado australiano de Nova Gales do Sul, em maio de 2009.
Testes confirmaram em abril deste ano que os restos mortais pertencem a Judith Bartlett, vista pela última vez a 145 quilómetros de distância, em Bathurst, em 1964.
"Nós iniciamos uma investigação de homicídio (...) dada a natureza das investigações que realizámos", explicou aos jornalistas a inspetora Denise Godden.
Aquando do desaparecimento, Bartlett, que tinha 28 anos, vivia em Bathurst com o marido, Ronald, e os seus três filhos, com idades compreendidas entre os dois e os dez anos.
De acordo com a polícia, a identificação dos restos mortais como sendo de Bartlett trouxe uma certa paz à família, a qual esteve durante anos sem saber se esta os tinha simplesmente abandonado ou se tinha sido vítima de um acidente ou de um crime.
Bartlett foi vista pela última vez quando se dirigia para o seu trabalho no The Royal Hotel, em Bathurst, em março de 1964.
"A filha da senhora Bartlett recusou-se a acreditar que Judith tinha simplesmente ido embora, abandonando os seus filhos", afirmou Godden, citado pela agência noticiosa AFP.
"Esperamos poder dar uma série de respostas à família. Se vamos ou não acusar alguém volvido todo este tempo (...) é uma questão difícil de responder, mas alguém algures deve saber algo", concluiu.
DM // DM.
Lusa/Fim