Esta segunda-feira à noite, em Rio Maior, num encontro com militantes do PSD, Maria Luís Albuquerque corrigiu o argumento no que toca aos cortes nas pensões em pagamento. A ministra garante que agora não há nenhuma proposta concreta e que tudo terá de ser feito "num amplo consenso com o PS e na concertação social", no entanto, insiste que há "um problema identificado pelo Governo e "pelo PS" de sustentabilidade das pensões que é preciso resolver.

''É bom que a nossa Constituição possa ser actualizada'', diz a ministra, apostada em abrir caminho a uma discussão que por várias vezes já agendou para o arranque da próxima legislatura.

Mota Soares já tinha vindo apagar o fogo das declarações da ministra no sábado, garantindo que nada será feito em matéria de cortes nas pensões fora da concertação social e sem um consenso com o PS. Maria Luís, concordou, mas sem deixar cair a questão de fundo: ''É preciso fazer alguma coisa'' e a solução pode passar por mexer na Constituição, que ''tem muitos detalhes e fica desfasada da evolução da sociedade''.

Em relação a uma eventual saída da Grécia do euro, Maria Luís Albuquerque pensa ''ser difícil, senão quase impossível'', saber que impacto isso pode ter em Portugal: ''E difícil saber como reagem os mercados'', afirmou.