Cavaco Silva "desprestigia como ninguém" Presidência da República - BE

| Política
Porto Canal / Agências

Vila Real, 26 mai (Lusa) -- A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE) Catarina Martins afirmou hoje, em Vila Real, que Cavaco Silva "desprestigia" como "nunca tinha sido feito" o cargo de Presidente da República porque defende um Governo que já ninguém quer.

"Cavaco Silva consegue como ninguém desprestigiar a Presidência da República porque assume-se como o garante de um Governo em que ninguém acredita e ninguém quer", afirmou a líder do BE.

Catarina Martins considerou que o Presidente defende um "Governo que afoga o país, que leva o país para o abismo".

É por isso que, de acordo com a responsável, "hoje a população portuguesa não só pede a demissão do Governo, como já não pode tolerar mais cavaco Silva na Presidência da República".

"Não se pode querer segurar um Governo quando esse Governo não tem nenhum apoio social, quando a população já percebeu que esse Governo não tem nenhum futuro para o país que não seja o abismo, empobrecimento e a banca rota", frisou.

Catarina Martins falava no decorrer da apresentação do candidato escolhido pelo BE para encabeçar a lista à Câmara de Vila Real, o professor universitário Rui Cortes.

Por isso mesmo, a coordenadora aproveitou para chamar a atenção para a importância" da próxima campanha autárquica, que considera que decorre "num momento crucial para o país".

"Em cada momento escolhemos entre a solidariedade e a chantagem da finança e a campanha autárquica é o momento dessa escolha", afirmou.

E, segundo Catarina Martins, o país vive "num momento em que há quem tente dizer que a democracia não é solução, como se existisse uma qualquer inevitabilidade que diz que só há um rumo".

"Sabemos que não é assim. Numa crise a democracia é sempre a solução porque é nos momentos das crises que as pessoas têm que escolher", salientou.

Dois anos depois da chegada da 'troika' e da eleição do Governo liderado por Pedro Passos Coelho, o país seguiu o "caminho do empobrecimento, baixou salários, os serviços públicos do Estado social estão a ser destruídos, sem se ter conseguido nenhum dos objetivos da redução da dívida pública ou do controlo do défice", refere Catarina Martins.

A responsável frisou que o BE vai à campanha autárquica questionar do ponto de vista nacional e local as opções tomadas para o país.

"Porque em cada sítio em que as pessoas disserem que não aceitem que a sua água seja privatizada, que não aceitam ficar sem o seu posto de Correios, que a empresa municipal faça negócios ruinosos com a banca, em vez de investir naquilo que é a qualidade de vida das suas populações, quando as pessoas têm a coragem e se juntam para dizer que chega deste percurso, então sim estamos a mudar o nosso país", concluiu.

PLI // MSF

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