Distrital do Porto do PSD diz que carta aberta sobre SRU "não deve ser partidarizada"

| Política
Porto Canal / Agências

Porto, 25 mai (Lusa) - O líder da distrital do Porto do defendeu hoje que a questão da carta aberta contra o "boicote" do Governo à Sociedade de Reabilitação Urbana do Porto (SRU) "não deve ser partidarizada".

À entrada para a reunião convocada pelo presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Rio, num hotel do Porto, em que várias figuras da sociedade portuense vão "debater o boicote que o Governo está a fazer à Porto Vivo SRU", Virgílio Macedo criticou o "possível" aproveitamento desta situação por parte do CDS-PP e negou que exista "qualquer divisão" dentro do PSD.

"O importante é termos consciência de que esta carta aberta não deve ter qualquer carisma político. Ninguém se deve apropriar politicamente desta carta aberta. Qualquer interpretação relativamente a essa carta em termos políticos é indevida", disse à Agência Lusa o líder da distrital laranja.

Virgílio Macedo defendeu que "nunca o candidato do CDS-PP [Rui Moreira é candidato independente à autarquia portuense, mas conta com o apoio do CDS-PP] poderá utilizar a bandeira da reabilitação urbana na sua campanha".

Na sexta-feira, Rui Moreira acusou hoje o seu adversário Luís Filipe Menezes de "oportunismo político" por este ter pedido ao Governo que pagasse a dívida da Sociedade Porto Vivo e considerou-o o "13.º ministro".

O líder da distrital social-democrata afirmou que Rui Moreira, "melhor do que ninguém, tem acesso à ministra da tutela, Associação Cristas", mas "nada fez para desalavancar esta questão".

"Pode haver alguma tentativa de aproveitamento, mas alguém que teve uma passagem episódica pela presidência da SRU não tem esse direito de se apropriar. A questão da reabilitação urbana é transversal à sociedade portuense. Tantos os deputados do PSD como os deputados do PS já apresentaram projetos sobre a SRU", disse Virgílio Macedo.

O líder da distrital PSD recordou ainda que o candidato laranja à autarquia do Porto, Luís Filipe Menezes, também já "apelou ao pagamento" o pagamento dos "2,4 milhões que são devidos à SRU".

"Vi essa iniciativa, mas não vi qualquer iniciativa do candidato do CDS-PP no sentido de resolver este assunto", disse, acrescentando que os nomes que assinam este documento são "na maior parte apoiantes" de Luís Filipe Menezes.

"Acho que se deve despartidarizar esta situação. Isto é um sentimento da sociedade portuense genuíno e estou convencido de que o senhor primeiro-ministro irá desbloquear esta questão, chamando o processo a si porque é sensível à importância da reabilitação urbana", afirmou Virgílio Macedo.

Questionado sobre se esta situação e a tomada de posição da Câmara do Porto, ainda liderada por um autarca social-democrata, causam algum "desconforto" dentro do PSD, Macedo negou "qualquer tipo de divisão", assegurando que no PSD se vive "uma liberdade de ideias que é saudável".

O presidente do Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU) revelou, em abril, que aquele organismo reprovou as contas da Sociedade de Reabilitação Urbana Porto Vivo relativas a 2012 para evitar a insolvência da empresa. O IHRU avisou que "já não" pretende pagar a dívida de 2,4 milhões de euros à empresa, que se encontra sem presidente desde dezembro, nem aprovar as contas de 2012.

PYT (JAP/JGJ/LIL/ACG) // ROC

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