PSD/CDS de Gaia estranha que líder da Toyota seja candidato à AM
Porto Canal / Agências
Vila Nova de Gaia, 14 ago (Lusa) -- O candidato do PSD/CDS à Assembleia Municipal de Gaia disse hoje estranhar a escolha do presidente da Toyota Caetano, empresa "que tem negócios com o município", para seu oponente pelo movimento independente de Guilherme Aguiar.
"Qualquer pessoa tem legitimidade para se candidatar a uma Assembleia Municipal (AM) ou a qualquer órgão. Eu estranho porque o meu concorrente, a personalidade que lidera a candidatura do José Guilherme Aguiar [à AM], é o senhor José Ramos que é o presidente da Toyota", disse hoje César Oliveira, que se recandidata ao cargo pela coligação de Carlos Abreu Amorim.
O cabeça-de-lista da candidatura do PSD/CDS à AM disse mesmo ter "algumas dúvidas" quanto a José Ramos e levantou a questão: "se ele pudesse ser eleito presidente da Assembleia Municipal, como é que vai resolver o problema da presidência da Salvador Caetano?".
Para César Oliveira, manter os dois cargos "não é incompatível, mas eticamente não é correto", lembrando que aquela empresa "tem negócios com o município, e com algum volume", existindo um contrato para fornecimento de veículos.
"Não é uma preocupação, é uma expectativa por uma pessoa que tem negócios com a câmara que diz da política que é uma coisa estranha e que agora entra nela desta forma", salientou.
César Oliveira falava durante uma ação de campanha onde apresentou as suas ideias para a descentralização da Assembleia Municipal, passando uma delas pela realização de "preparatórias das assembleias" pelas várias freguesias do concelho.
"Achamos que é uma forma de maior proximidade com as populações, auscultação do que são os seus anseios, dificuldades e carências, para trazer para dentro do órgão deliberativo essa mesma possibilidade", justificou.
Para além de Carlos Abreu Amorim (PSD/CDS) e de José Guilherme Aguiar (independente), estão na corrida às autárquicas em Gaia Eduardo Vítor Rodrigues (PS), Jorge Sarabando (CDU), Eduardo Pereira (BE), Manuel Vieira Machado (independente) e Cristiana Máximo (PCTP/MRPP).
LIL // JGJ
Lusa/Fim