"Economia continua em recessão, apesar da variação positiva" - CGTP

| Política
Porto Canal / Agências

Lisboa, 14 ago (Lusa) -- A CGTP considerou que os dados hoje divulgados pelo INE sobre a estimativa rápida das Contas Nacionais indicam que "a economia continua em recessão", apesar da variação positiva face ao primeiro trimestre.

"Ainda que, em termos de comparação com o trimestre anterior, tenha havido uma variação positiva, a economia caiu 2% no segundo trimestre deste ano, em comparação com o mesmo trimestre de 2012", refere a central sindical num comunicado enviado às redações.

O PIB português cresceu 1,1% no segundo trimestre, face ao trimestre anterior, interrompendo um movimento de queda que dura desde os últimos três meses de 2010, mas continua a cair em termos homólogos.

De acordo com a estimativa rápida divulgada hoje pelo INE, o PIB terá crescido 1,1% entre abril e junho deste ano, em comparação com os primeiros três meses do ano, altura em que caiu 0,4% também em cadeia (face ao trimestre imediatamente anterior).

A CGTP destaca que "houve fatores pontuais que explicam que tenha havido crescimento no segundo trimestre face ao trimestre anterior", nomeadamente, "o aumento das exportações, as quais subiram 6,3% no segundo trimestre".

Porém, ressalva a estrutura sindical, "este aumento está em parte associado à melhoria das exportações de combustíveis, para o qual teve um grande contributo a entrada em funcionamento de uma nova unidade de refinação da Galp em Sines".

Assim, "o crescimento ocorrido no segundo trimestre face ao trimestre anterior tem de ser devidamente enquadrado e analisado, sendo que os dados disponíveis estão longe de representar o fim da recessão".

No entender da CGTP, "este crescimento pontual não é suficiente para que a economia, no conjunto do ano, cresça".

Apesar da recuperação verificada no segundo trimestre deste ano, em termos homólogos o PIB continua a cair. A quebra apresentada neste segundo trimestre do ano foi de 2% face ao segundo trimestre do ano passado, e só não foi mais expressiva devido a uma queda mais leve do investimento (em especial na construção) e por um efeito de calendário (a celebração da Páscoa em março deste ano, quando no passado foi em abril) que provocou assim uma aceleração expressiva das exportações de bens e serviços.

Assim, a economia cumpriu também 10 trimestres de queda em termos homólogos.

A maioria das previsões antecipava um crescimento no segundo trimestre entre os 0,3% e os 0,6%.

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Lusa/fim

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