País "está pior", porque economia "afundou 2%" - PS
Porto Canal / Agências
Viseu, 14 ago (Lusa) -- O vice-presidente da bancada parlamentar do PS José Junqueiro considerou que os números hoje divulgados pelo INE revelam que "o país está pior, porque a economia agravou-se 2%".
Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), o Produto Interno Bruto (PIB) português cresceu 1,1% no segundo trimestre, face ao trimestre anterior, interrompendo um movimento de queda que dura desde os últimos três meses de 2010, mas continua a cair em termos homólogos.
A análise que o PS faz a estes números é de que "a economia portuguesa, relativamente ao período homólogo, afundou 2%, está portanto pior e não melhor".
Ainda que estes dados introduzam "o indicador positivo do segundo trimestre, comparado com o primeiro, que foi o pior de todos de que há memória", José Junqueiro sublinha que também dão conta de que "a economia portuguesa caiu 2%".
"E isso é negativo. É uma espécie de contentamento descontente, porque se o Governo insistir em fazer o corte de salários, pensões, reformas ou despedimentos na administração pública, passaremos de um terceiro para um quarto ano em recessão", alertou.
Neste âmbito, o PS sugere ao Governo "que trave esta política de cortes, que não conduz a outro desenlace senão este que conhecemos novamente hoje".
"É que um indicador positivo não se sobrepõe à realidade dos nossos dias e que é o agravamento da economia portuguesa em 2%", sublinhou.
No entender do vice-presidente da bancada parlamentar do PS, "se a austeridade estivesse correta o país estava melhor", mas a "leitura fria" dos números do INE leva a concluir "que o país está pior, porque a economia agravou-se 2%".
De acordo com a estimativa rápida divulgada hoje pelo INE, o PIB terá crescido 1,1% entre abril e junho deste ano, em comparação com os primeiros três meses do ano, altura em que caiu 0,4% também em cadeia (face ao trimestre imediatamente anterior).
No entanto, em termos homólogos o PIB continua a cair. A quebra apresentada neste segundo trimestre do ano foi de 2% face ao segundo trimestre do ano passado, e só não foi mais expressiva devido a uma queda mais leve do investimento (em especial na construção) e por um efeito de calendário (a celebração da Páscoa em março deste ano, quando no passado foi em abril) que provocou assim uma aceleração expressiva das exportações de bens e serviços.
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