Funchal, Madeira, 29 mar (Lusa) - O presidente do CDS-PP, José Manuel Rodrigues, reconheceu hoje que não atingiu o objetivo de evitar maiorias políticas de um partido mas manteve os centristas como a segunda força politica na Madeira ao eleger sete deputados.

"Neste momento, o CDS continua como principal partido da oposição na Madeira mas claro que não atingimos o principal objetivo que era que não existisse, nestas eleições, uma maioria absoluta de um só partido", disse em conferência de imprensa.

José Manuel Rodrigues realçou ainda que "numa legislatura muito difícil, com o CDS a ser governo no continente com o PSD e oposição na Madeira ao mesmo PSD, apesar de tudo o CDS consegue manter-se como a segunda força política sem margem para dúvidas e muito à frente de uma coligação [a Mudança] de quatro partidos, encabeçada pelo PS.

"O povo da Madeira e do Porto Santo conferiu, se bem que por uma unha negra, uma maioria absoluta ao PSD que tem todas as condições para ter estabilidade politica, ter um novo governo, ter novas políticas. Nós vamos ver o que é que vai dar a anunciada renovação", declarou.

José Manuel Rodrigues disse ter felicitado Miguel Albuquerque e o PSD da vitória eleitoral e anunciou que "o trabalho a favor da Madeira e de uma nova governação começa já amanhã".

O CDS-PP manteve-se hoje como segunda força política da Região Autónoma da Madeira reiterando a posição conquistada nas eleições de 09 de outubro de 2011 mas perdendo dois deputados.

O CDS elegeu sete dos 47 deputados da Assembleia Legislativa.

Os centristas conseguiram nestas eleições 17.514 votos e 13,69 por cento contra 25.975 votos e 17,63 por cento das intenções de 2011, perdendo 8.451 votos.

O partido ficou em segundo lugar em sete concelhos incluindo o do Funchal e em terceiro em quatro designadamente nos bastiões do PS como Machico, Porto Moniz, Porto Santo e Santa Cruz.

Os centristas relegaram, uma vez mais, para o terceiro lugar a coligação Mudança liderada pelo PS que juntava ainda o PTP, o PAN e o MPT.

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