Porto: Posto dos CTT no gabinete da presidente da Junta de Lordelo do Ouro

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Porto Canal / Agências

Porto, 12 ago (Lusa) - O gabinete da presidente da Junta de Freguesia de Lordelo do Ouro, no Porto, transformou-se num pequeno posto dos CTT, que abriu hoje para substituir o que servia a população local e que fechou em maio.

A social-democrata Gabriela Queiroz explicou à agência Lusa que o espaço tinha que ser "acessível à população" e que o seu gabinete obedece a esse requisito, situando-se no rés-do-chão da sede da Junta de Freguesia, junto ao balcão de atendimento ao público.

"Foi aquilo que pareceu mais óbvio e que fazia mais sentido. Não há lugares cativos aqui para ninguém", acrescentou.

O espaço disponível, porém, é bem mais pequeno do que o do posto encerrado, na Rua de Grijó, não sendo possível atender mais do que uma pessoa de cada vez.

Gabriela Queiroz afirma que o posto de correios da Junta de Lordelo do Ouro pode fazer "os serviços típicos, como as encomendas e as cartas, e também pagamento dos vales" aos pensionistas e aos reformados.

"Interessavam-nos mais os serviços básicos e as pessoas poderem receber os seus vales", especificou, lembrando que a freguesia tem "muitos idosos, vários deles "isolados".

Desde que o antigo posto fechou até hoje, "a população tinha de se deslocar à estação central existente na Rua de Pedro Hispano", por ser, apesar de tudo, a que fica mais próxima.

Mas essa estação fica não só "muito afastada mas também a uma cota mais alta, o que é um obstáculo extra para a população com a mobilidade reduzida e, em especial, para as que residem na zona ribeirinha de Lordelo do Ouro.

"Era muito incómodo para as pessoas, nomeadamente para as mais idosas", reconheceu Gabriela Queiroz.

A autarca recordou que os CTT informaram a Junta que iram encerrar o posto local dos CTT só "por cortesia", numa altura em que a empresa tinha um curso um programa visando encerrar muitos dos seus balcões pelo país fora.

Em 2011, só no Porto foram encerradas sete estações dos CTT: Antas, Loja do Cidadão, Pinto Bessa, Campo Lindo, Augusto Luso, Malmerendas e Palácio da Justiça.

Para além disso, os CTT removeram dezenas de marcos de correio da via pública, o que originou alguma contestação e a realização de manifestações de protesto.

Lordelo também saiu à rua contra o fecho do posto da Rua de Grijó, mas a junta de freguesia manteve-se à margem e "pautou-se aqui por um papel muito institucional", alegando que "não toma as decisões pelos CTT".

"Acho que a população nunca nos percebeu muito bem nessa matéria", admite Gabriela Queiroz.

A autarca diz que, apesar disso, a Junta não ficou parada e acabou, assim, por conseguir garantir o funcionamento de um posto de correios nas suas instalações, assegurando também os colaboradores necessários.

Um desses colaboradores já tinha trabalhado "há muitos anos" no posto igual que funcionou ali e por isso "até tem algumas luzes, tendo, no entanto, recebido formação adicional.

A utente Carla Lopes considera que foi "bem feito" abrir um posto dos CTT na própria Junta de Freguesia de Lordelo, porque até hoje as pessoas tinham "ir muito longe" para tratar dos seus problemas.

"Não aceitei muito bem a decisão" do encerramento, "porque aqui a população é muito envelhecida e o posto mais próximo fica muito longe", disse, por sua vez, Ana Correia, referindo que já teve de ir aos CTT junto do Liceu Garcia da Orta, ainda mais distante do que Pedro Hispano, para "levantar uma carta registada".

AYM // MSP

Lusa/fim

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