Mudança diz que a renovação do PSD consiste em mais austeridade

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Porto Canal / Agências

Funchal, Madeira, 27 mar (Lusa) - O cabeça de lista da coligação Mudança (PS/PTP/PAN/MPT) às eleições da Madeira, Victor Freitas, citou o papa Francisco no comício de encerramento de campanha e vincou que a renovação proposta pelo PSD consiste em mais austeridade.

"O povo empobrece e logo em seguida vota em quem os afundou na pobreza", disse Victor Freitas, sublinhando que a frase pertence ao papa Francisco. "Infelizmente na nossa terra, ao longo dos anos, isto foi verdade. Nos últimos anos deixou de ser tão verdade e no próximo dia 29 este apelo do papa Francisco vai calar a direita, vai-se fazer ouvir junto dos madeirenses e porto-santenses", acrescentou.

O comício de encerramento de campanha da coligação Mudança aconteceu após uma arruada no centro do Funchal, na qual participou o presidente do PS, Carlos César, que, no entanto, não discursou. Em palco, a animação foi de Quim Barreiros e o discurso político coube apenas ao cabeça de lista.

"Eles [PSD] já estão há quarenta anos no governo [regional]. O que eu vos peço não são quarenta anos, não são trinta, não são vinte, não são dez. São quatro anos para fazer a mudança, governar diferente e mostrar que somos mais competentes, conseguimos apostar no crescimento económico e no emprego e que vamos construir uma Madeira de futuro, onde haja espaço para todos", declarou Victor Freitas perante algumas centenas de pessoas.

"O caminho que eles querem que sigamos, o tal caminho da renovação [slogan do PSD] é a renovação da austeridade, é a renovação dos 22 mil desempregados, é a renovação da emigração, é a renovação deste aperto fiscal que nos empobrece e que atira as empresas para a falência", realçou Victor Freitas, reforçando que "essa renovação nenhum madeirense e nenhum porto-santense em consciência quer".

O candidato disse que este domingo só há dois caminhos, a Mudança ou a austeridade, e logo prometeu renegociar a dívida pública da região em caso de vitória eleitoral. "Nos últimos dias eu tenho falado com muitos madeirenses e porto-santenses e sinto aquilo que eles sentem, as dificuldades do dia-a-dia, e cada vez estou mais convicto que o único caminho possível é a renegociação da nossa dívida, para termos espaço para viver", afirmou.

Evocando a presença de Carlos César, ex-presidente do governo regional dos Açores, Victor Freitas prometeu lutar por transportes aéreos e marítimos com subsídios e tarifas semelhantes aos daquela região autónoma, pois na Madeira são mais caros.

"O Estado não pode tratar os Açores como filho e a Madeira com enteado", disse, realçando que a Mudança pretende construir uma Madeira com emprego e sem necessidade de recurso à emigração.

A coligação Mudança é uma das 11 forças políticas (oito partidos e três coligações) que concorrem às eleições legislativas antecipadas de domingo na Madeira. O ato eleitoral foi marcado na sequência da demissão do presidente do Governo Regional, Alberto João Jardim, depois de ter sido substituído na liderança do PSD por Miguel Albuquerque.

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