Marcelo diz que sem maiorias absolutas próximo PR deve ser mais interventivo

Marcelo diz que sem maiorias absolutas próximo PR deve ser mais interventivo
| Política
Porto Canal

O antigo líder do PSD Marcelo Rebelo de Sousa defendeu hoje no Bombarral que o próximo Presidente da República deve ser mais interventivo e ter um papel mediador se os futuros governos não tiverem maiorias absolutas.

"O próximo PR vai ser chamado a ter um desempenho mais interventivo do que aconteceu no passado recente pela razão de que, olhando à volta, não se vê facilmente que haja maiorias absolutas e se isso acontecer obriga a equilíbrios muito complicados que o presidente deve ajudar a gerir", disse Marcelo Rebelo de Sousa, à agência Lusa.

Para o antigo líder social-democrata, "o país precisa de consensos" em matérias como a estabilidade económica, sistemas sociais política externa e política europeia e "isso obriga o presidente a ter um papel mediador para fomentar essas convergências".

"Não será um presidente parlamentarista", rematou Marcelo Rebelo de Sousa, que falava num almoço de encerramento da academia de formação da JSD de Leiria.

O ex-líder do PSD considerou que as próximas eleições legislativas e presidenciais são "das mais importantes para o partido e para o país", por serem próximas umas das outras.

Sem querer minimizar as presidenciais, disse que as legislativas "são as verdadeiramente importantes" para o ex-líder do PSD, justificando que "dos resultados das legislativas depende as presidenciais".

"Habituado a ser o remendo" quando "não há mais ninguém", sublinhou que "melhor do que tentar remendar depois o que não correu bem antes é fazer de tudo para correr bem antes e ter a noção de que faltam seis meses para as legislativas".

O líder da JSD, Pedro Simão, e o presidente da distrital do PSD Leiria, Fernando Costa, demonstraram apoio se Marcelo Rebelo de Sousa avançar com uma candidatura às presidenciais.

Questionado pela Lusa sobre declarações do líder do PS, António Costa, de que Portugal regrediu várias décadas nos últimos quatro anos, o social-democrata admitiu que "é verdade, porque se se comparar o nível de vida em 1995 ou 1998 com os anos deste século, houve recuos muito significativos".

Contudo, para Marcelo Rebelo de Sousa, esse retrocesso "é mais antigo do que os últimos três ou quatro anos", período em que o atual governo de Pedro Passos Coelho está em funções.

"É uma crise que é vivida desde 2000/2001 e que depois foi agravada pela crise quer europeia, quer mundial e que fez ao longo destes 15 anos haver muitos portugueses que sofreram, mas não estritamente no governo atual", justificou.

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