José Soeiro (BE) preocupado com "iminente" falência da AMBAR no Porto

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Porto Canal / Agências

Porto, 09 ago (Lusa) - O candidato do BE à Câmara do Porto, José Soeiro, alertou hoje para a "situação de iminente desaparecimento" da empresa AMBAR, um "exemplo" que serviu de "pretexto" para lançar críticas ao Governo e à Câmara sobre questões de emprego.

Junto às instalações da empresa AMBAR - indústria de material escolar e de escritório com sede no Porto, fundada em 1939 - na zona industrial portuense, o candidato bloquista mostrou-se "preocupado" com a situação desta empresa, adiantando que cerca de 25 trabalhadores a têm mantido em funcionamento, face ao "abandono total" de uma administração que Soeiro classificou de "incompetente".

"O exemplo da AMBAR serve de pretexto para falar de um problema mais vasto. Existem encomendas, existe uma tradição e uma marca reconhecidas no mercado e ainda assim tem havido uma incapacidade de salvar estes postos de trabalho. Há muitos autarcas e candidatos a autarcas que falam em emprego e criação de emprego, quando temos aqui uma oportunidade concreta para salvar uma empresa e evitar mais desemprego", defendeu o candidato do BE.

Segundo Soeiro, "mais de uma centena de postos de trabalho estão em risco". O candidato teme que estes trabalhadores engrossem o número de "milhares de desempregados que já existem na cidade", e culpa a coligação PSD/CDS-PP da Câmara do Porto e do atual Governo.

"Quando temos um Governo que é uma máquina a criar desemprego e estamos perante uma administração que é incompetente, a autarquia tem de agir. E agir é estar aqui. É falar com os trabalhadores e intervir junto do Governo para saltar esta empresa", disse.

José Soeiro afirmou que o Governo investiu, na AMBAR, em 2010, cerca de 5,5 milhões de euros em "formação e nos programas de higiene e segurança no trabalho", dinheiro que "por ser dos contribuintes", o candidato defende que agora deve "justificar uma tomada de posição" por parte do Estado.

De acordo com dados recolhidos pelo BE, a AMBAR faturou, em 2010, cerca de 23 milhões de euros. Em 2011 a faturação rondou os 12 milhões e em 2012 os seis milhões de euros.

O BE garantiu já ter intervindo sobre este tema no âmbito do Parlamento, através da deputada Catarina Martins, e apelou a "todos os candidatos autárquicos para que se pronunciem".

Questionado sobre que soluções tem o BE para a falência de várias empresas no Porto, José Soeiro adiantou que no seu programa autárquico cintam medidas que visam "criar condições para que se criem sinergias entre as empresas, a universidade, as novas tecnologias ligadas à comunicação e ao design, entre outras áreas".

Por seu turno o deputado municipal do BE, José Castro, que acompanhou o candidato bloquista na visita à AMBAR, defendeu que as propostas das restantes candidaturas são "inconsistentes": "Falam em IMI [Imposto Municipal Sobre Imóveis] que não têm aplicação ao setor económico ou na baixa da Derrama para atrair as empresas, quando deveriam voltar-se para a qualidade do ar, por exemplo, ou preocupar-se em ter ruas com lixo recolhido,", referiu, entre outras medidas.

"Ausência", "alheamento" e "insensibilidade" foram as palavras usadas por José Castro para descrever a atitude do atual executivo autárquico face ao setor industrial portuense.

José Soeiro concorre a 29 de setembro à autarquia do Porto contra Luís Filipe Menezes (PSD), Manuel Pizarro (PS), Rui Moreira e Nuno Cardoso (independentes), Pedro Carvalho (CDU) e José Manuel Costa Pereira (PTP).

PYT // MSP

Lusa/Fim

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