Mais de 600 doentes portugueses assistidos no estrangeiro em 2012 custam 4,8 ME

| Economia
Porto Canal / Agências

Lisboa, 09 ago (Lusa) - O Estado gastou quase cinco milhões de euros em 2012 com a assistência médica feita no estrangeiro a mais de 600 doentes portugueses, embora a maioria dos casos tenha sido de exames e análises pedidos a centros europeus.

Os dados foram divulgados à Lusa pelo Departamento da Qualidade na Saúde da Direção Geral da Saúde (DGS), que revelou igualmente terem sido Espanha e França os principais países estrangeiros que deram assistência aos portugueses.

De acordo com a DGS, no ano passado 604 doentes foram assistidos no estrangeiro, num total de 886 deslocações, o que implicou custos totais de 4,8 milhões de euros.

Por especialidade, a genética concentra o maior número de assistências (58%), mas apenas para envio "do produto biológico para estudo molecular, genético ou exame laboratorial para vários centros europeus".

Neste âmbito foram visados 353 doentes e 368 deslocações.

Os pedidos para a especialidade de cardiologia corresponderam a 2% do total -- 13 doentes e 16 deslocações -- cuja principal patologia foi o tromboembolismo pulmonar crónico com hipertensão pulmonar, e os países de destino foram França e Espanha.

A especialidade de gastro levou igualmente a Espanha e França 20 doentes (em 28 deslocações), com síndrome do intestino curto.

Na área da ginecologia, foram assistidos 4% destes doentes (23 pessoas em 27 deslocações) para "transfusão feto fetal", no Reino Unido e em Espanha.

Quanto à especialidade de oftalmologia, foram os tumores oculares - retinoblastoma (em crianças) e melanoma (adultos) -- que levaram 41 doentes (7%) à Suíça, num total de 101 deslocações.

Relativamente a estas patologias, a DGS especifica que "existe uma significativa rotatividade destes doentes, porque os protocolos de tratamento exigem deslocações de 4 em semanas até o tratamento ser concluído".

A pneumologia também levou a Espanha no ano passado 69 doentes (11% do total), por fibrose quística e enfisema pulmonar, em 204 deslocações, o que a DGS justifica uma vez mais com a "significativa rotatividade destes doentes".

"Têm que se deslocar muitas vezes para consulta de seguimento pós transplante e pré-transplante", acrescenta.

AL/SMM // CC

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