"Nunca tive nenhum reparo sobre aplicações financeiras da PT" - Zeinal Bava

| Economia
Porto Canal / Agências

Lisboa, 26 mar (Lusa) - O ex-presidente executivo da Portugal Telecom (PT), Zeinal Bava, garantiu hoje no parlamento que, durante o período em que esteve na gestão da empresa, nunca foi alvo de nenhum reparo sobre a área financeira da operadora.

"Toda a informação que eu tenho, e é de memória, é que não há um único reparo da comissão de auditoria, nem do auditor externo, sobre as aplicações financeiras da PT", afirmou o responsável, realçando que saiu da empresa a 04 de junho de 2013.

E reforçou: "Nunca, desde 2000 ou 2001 quando eu entrei no conselho da PT, tive nenhum reparo sobre a nossa equipa financeira".

Zeinal Bava acrescentou que nunca foi alvo de críticas, devido à gestão da área financeira da PT, nem pelos auditores internos, nem externos, nem pelos supervisores.

O gestor está a ser ouvido na comissão parlamentar de inquérito ao caso BES/GES, com os deputados a procurarem clarificar os contornos do investimento de quase 900 milhões de euros feitos pela PT em dívida de 'holdings' do Grupo Espírito Santo (GES).

Mas, Zeinal Bava salientou várias vezes que saiu da empresa em meados de 2013, isto é, muitos meses antes do polémico investimento feito pela PT em papel comercial do universo GES.

"Acredito que nunca fizemos qualquer coisa para prejudicar a PT. Não se encontra em nenhum relatório da PT qualquer ênfase sobre a matéria", garantiu.

Questionado sobre os montantes em causa nestas aplicações financeiras feitas pela PT, Zeinal Bava justificou-os com a dimensão da empresa.

"As aplicações são grandes porque a PT - tal como a EDP e a Galp - são empresas grandes, com porte", considerou.

Além de Zeinal Bava, também Henrique Granadeiro, ex-presidente da PT, vai marcar presença na comissão parlamentar de inquérito ao caso BES/GES, a 04 de março.

O objetivo destas duas audições é obter esclarecimentos sobre as aplicações financeiras de quase 900 milhões de euros em papel comercial da Rioforte ('holding' do GES) feitas em 2014, que não foram pagas, numa altura em que já era pública a existência de problemas nas empresas de topo do grupo.

DN/PPF // MSF

Lusa/fim

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