Fotos de crianças russas a posar com réplicas de armas num infantário geram polémica

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Porto Canal / Agências

Moscovo, 26 fev (Lusa) -- Fotografias de crianças a posar com réplicas de armas de assalto num infantário estão a provocar grande controvérsia na Rússia, mas algumas organizações defendem a atitude como fazendo parte de uma educação patriótica.

Com idades entre cinco e seis anos, as crianças com réplicas de armas AK-47 e lançadores de granadas, são apresentadas em fotografias que circulam na internet.

Alguns também usam boinas e capacetes militares e, ao lado delas, um homem posa de uniforme militar russo.

As fotos controversas foram tiradas na semana passada durante uma "aula patriótica" num infantário na cidade de São Petersburgo, disse um membro de um clube que ajudou a organizar o evento e que providenciou as réplicas das armas.

"Porque é que uma criança não pode segurar uma arma?", disse hoje à agência francesa AFP Iuri Dorozhinsky, vice-presidente da Red Star, uma organização que ensina história militar e funciona como um clube que realiza reconstituições para entusiastas da Segunda Guerra Mundial.

Dorozhinsky declarou que a sessão de fotografias se realizou no dia dos Defensores da Pátria, um feriado da época da União Soviética, a 23 de fevereiro, a pedido da administração do infantário.

"É disparate ensinar-lhes o patriotismo sem mostrar a sua realidade", argumentou, garantindo que os pais das crianças tinham apoiado a iniciativa.

A diretora de outro infantário de São Petersburgo, Irina Gosteva, considerou inaceitável que as crianças tenham sido fotografadas em pose com as armas, afirmando que "isso não é educação patriótica" e que não tem lugar naquele nível de ensino.

Quanto à diretora do infantário em questão, não quis comentar o assunto quando procurada pela agência AFP.

As fotos tem gerado grande controvérsia nas redes sociais russas.

CSR // APN

Lusa/fim

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