Novo Banco: Instituição promete solução para clientes emigrantes em breve
Porto Canal / Agências
Lisboa, 26 fev (Lusa) - Os clientes não residentes, principalmente emigrantes, que aplicaram as suas poupanças em veículos com dívida do Banco Espírito Santo (BES) vão receber brevemente uma proposta para resolver a questão, anunciou hoje o presidente do Novo Banco.
Eduardo Stock da Cunha, que falava no almoço-conferência promovido pelo American Club of Lisbon, disse esperar "resolver a situação nos próximos dias", quando questionado pela audiência sobre o que iria fazer às pessoas que ficaram prejudicadas pelos seus investimentos nos ex-BES.
O responsável máximo do Novo Banco fez questão de frisar que a instituição "tem cerca de dois milhões de clientes, dos quais existiam 18 mil com problemas por resolver". Desses, "foram resolvidos 8 mil clientes e faltam resolver 9 a 10 mil clientes, dos quais cerca de 3 mil estão ligados à questão do papel comercial do Grupo Espírito Santo".
Para já, Stock da Cunha prometeu uma solução breve para os clientes não residentes: "Os emigrantes nossos clientes não têm uma importância menor porque fazem menos barulho. Vamos resolver este problema nos próximos dias e vamos anunciar uma solução e propô-la aos clientes", afirmou.
Neste grupo estão cerca de 7 mil clientes do Novo Banco não residentes em Portugal e que subscreveram ações preferenciais de veículos denominados Poupança Plus, Euroaforro e Top Renda.
Relativamente aos chamados lesados do papel comercial do BES, Stock da Cunha voltou a reafirmar que não é o Novo Banco que tem de resolver esse problema: "É muito difícil de resolver e não é por mim, porque, segundo a lei a responsabilidade pertence ao BES", prometendo, no entanto, que não irá descansar enquanto não encontrar uma solução para todos os clientes, referiu.
Sobre as manifestações junto dos balcões do Novo Banco, Stock da Cunha referiu que deu instrução aos colaboradores da instituição "para respeitar os que protestam".
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