França e Filipinas lançam "apelo de Manila" em defesa da conferência do clima

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Porto Canal / Agências

Manila, 26 fev (Lusa) - Os presidentes de França e das Filipinas lançaram hoje o "apelo de Manila" em defesa do êxito da conferência mundial sobre alterações climáticas, marcada para o final de dezembro em Paris.

"Pedimos à comunidade internacional um acordo ambicioso, justo e universal sobre o clima", proclamaram François Hollande e Benigno Aquino, num apelo lido pela atriz francesa Marion Cotillard, na presença dos dois chefes de Estado, nos jardins do palácio presidencial em Manila.

O resultado da conferência de Paris vai influenciar "a vida de milhares de milhões de pessoas", de acordo com o texto.

"O apelo de Manila pede que o mundo seja mais justo entre países desenvolvidos e países frágeis, entre países ricos e pobres, e entre gerações também", disse Hollande, no primeiro dia de uma visita de 48 horas, a primeira de um presidente francês ao arquipélago, desde a independência das Filipinas em 1947.

As gerações que "extraíram recursos do planeta" têm agora "o dever de atuar para que os seus filhos e netos possam simplesmente viver neste planeta", sublinhou perante "a incerteza ainda" de se conseguir alcançar um acordo em Paris, no final de dezembro.

Os 195 devem "fazer tudo o que for possível para responder ao desafio das alterações climáticas", declarou também o presidente filipino.

O arquipélago das Filipinas é um dos países mais atingidos no mundo pelo aumento das temperaturas. O super-tufão Haiyan, de violência inédita e sem precedentes, com ventos de 230 quilómetros/hora, causou mais de 7.350 mortos a 08 de novembro de 2013.

Todos os anos, as Filipinas, país em desenvolvimento de 100 milhões de habitantes, são fustigadas entre junho e outubro por uma vintena de tempestades violentas e tufões, cuja frequência tem vindo a aumentar.

O presidente francês indicou ter proposto a Aquino "uma contribuição" de 50 milhões de euros da agência de desenvolvimento francesa para "projetos de forte componente climática que permitam prevenir outras catástrofes".

Paris considera as Filipinas um "interlocutor privilegiado" na perspetiva da conferência do clima e uma "voz progressista entre os países em desenvolvimento", relativamente a outras nações que cultivam "uma oposição norte-sul" com os Estados desenvolvidos, emissores de gás com efeito de estufa.

No capítulo económico, Hollande sublinhou as "necessidades consideráveis" das Filipinas no domínio do desenvolvimento sustentável, das infraestruturas ou das energias renováveis, que avaliou "em mais de 100 mil milhões de dólares".

Hollande e Aquino assinaram uma série de acordos para a extensão do metropolitano de Manila, tratamento de águas, central fotovoltaica e projetos de produção de eletricidade em ilhas isoladas a partir das correntes marinhas.

EJ // JMR

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