Iberdrola acorda contratar trabalhadores locais para construir barragens do Tâmega

| Economia
Porto Canal / Agências

Vila Pouca de Aguiar, Vila Real, 26 fev (Lusa) -- A Câmara de Vila Pouca de Aguiar e a Iberdrola assinam a 06 de março um protocolo para privilegiar a contratação de mão-de-obra e de empresas locais durante a construção das barragens do Alto Tâmega.

O Sistema Eletroprodutor do Tâmega (SET), que inclui as barragens de Gouvães, Alto Tâmega e Daivões foi concessionado à espanhola Iberdrola, que está a avançar gradualmente com os trabalhos no terreno.

Agora, os municípios afetados pela construção destes empreendimentos querem garantir compensações para as comunidades locais e, nesse sentido, estão a assinar protocolos com a concessionária.

O objetivo é, segundo disse hoje o presidente da Câmara de Vila Pouca de Aguiar, que seja privilegiada a contratação da mão-de-obra e empresas locais durante o período de construção.

"E vamos ser muito exigentes nesta matéria", afirmou Alberto Machado.

O autarca lembrou o ciclo económico negativo que se vive e as dificuldades em arranjar emprego.

"Temos é que garantir que as comunidades são ajudadas e compensadas nas perdas que vão ter com as barragens. É muito importante que haja retorno para a comunidade", sublinhou.

No âmbito do protocolo a assinar no dia 06 de março, a Iberdrola compromete-se a "privilegiar e promover, seja diretamente por si seja através das entidades por si contratadas, a contratação de empresas locais e de mão-de-obra sedeada no município de Vila Pouca de Aguiar, no âmbito dos trabalhos de construção".

Para o efeito, a empresa terá que consultar as bolsas de emprego existentes nos municípios, de forma a avaliar as candidaturas existentes que da parte de privados como do tecido empresarial.

O município terá que gerir as candidaturas de emprego que lhe sejam remetidas pelos seus munícipes, diretamente ou através do Gabinete de Educação e Inserção Profissional e monitorizar o volume de contratação.

Este protocolo vigorará desde a data da sua assinatura até à conclusão dos trabalhos de construção do complexo hidroelétrico da cascata do Tâmega.

A cascata do Tâmega representa um investimento de 1.200 milhões de euros, que vai criar 3.500 diretos e cerca de 10.000 indiretos.

No âmbito da construção deste empreendimento, foram negociados 50 milhões de euros para contrapartidas aos municípios e projetos de desenvolvimento regional que serão implementados nos municípios afetados: Vila Pouca de Aguiar, Ribeira de Pena, Chaves, Boticas e Celorico de Basto.

As obras das três barragens deverão estar concluídas em 2023 e o maior volume de trabalhos está previsto para 2018 a 2020.

Este empreendimento hidroelétrico vai ter uma potência total instalada de 1.158 megawatts e produzir 1.766 gigawatts por hora.

PLI // MSP

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